Dados do programa Agro Brasil mostram que o país já exportou mais de 22 toneladas de fécula de mandioca, totalizando US$ 15,9 milhões, nos primeiros cinco meses de 2022. Segundo o Ministério da Economia, nos quatro primeiros meses deste ano, o agronegócio sul-mato-grossense exportou US$ 2,4 bilhões. O valor é 25,12% superior em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O projeto de incentivo aos proutores rurais do estado, tem parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e Famasul. O programa visa incluir novos produtos do agro na pauta exportadora brasileira e, por isso, alguns setores foram selecionados como prioritários para o trabalho, como é o caso de pescados, mel e derivados, frutas, cafés (especiais), lácteos, entre outros.
No ranking dos principais produtos comercializados estão a soja em grãos, com 41,25% de participação na receita; a celulose, com 18,07%; seguida da carne bovina, responsável por 15,11% do total. A China é o maior destino das mercadorias comercializadas por Mato Grosso do Sul, aproximadamente 50% de tudo que é exportado pelo agro é destinado ao país. Seguido pelos Estados Unidos, com 5,24% da receita; e os Países Baixos com 5,25%.
“Através do suporte do AgroBR, tanto empresa de fécula de mandioca como a de semente de pastagem fecharam negócios e por isso, são dois setores que se destacam, pois, possuem uma boa participação na pauta exportadora do estado", explica a consultora do AgroBR no estado, Nathalia Alves.
Outros produtos, apesar de não participarem com grandes porcentagens na exportação de Mato Grosso do Sul, têm aumentado sua presença na pauta do estado, como é o caso da melancia, da erva mate e da farinha de mandioca.
“O mesmo ocorre para café torrado, molhos e doces. É importante ressaltar que existe uma grande oportunidade para comercialização com os países que fazem fronteira com o nosso estado, Bolívia e Paraguai, que já possuem tradição em comprar produtos brasileiros, têm uma maior facilidade para entrada de produtos (se comparado com outros mercados como Estados Unidos e União Europeia), além da proximidade logística e cultural que facilita as negociações. Tanto é verdade que se observou que os destinos de exportação dos produtos anteriormente citados foram para o Paraguai e a Bolívia. Portugal também participou da pauta com alguns desses produtos, embora os valores ainda não sejam tão representativos", destaca a consultora.