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CULTURA

Música erudita rompe barreiras e chega a escolas e comunidades do interior de MS

Com entrada gratuita, concertos misturam Bach, Vivaldi e compositores sul-mato-grossenses para aproximar a arte de novos públicos

Em concertos gratuitos, o grupo Opus Vivare desmistifica a música clássica e cria pontes entre séculos de história e o público de Jardim e Aquidauana - Foto: Divulgação/FCMS
Em concertos gratuitos, o grupo Opus Vivare desmistifica a música clássica e cria pontes entre séculos de história e o público de Jardim e Aquidauana - Foto: Divulgação/FCMS

A música clássica vai ganhar novos palcos em Mato Grosso do Sul. Nos dias 17 e 20 de junho, o projeto “Música Erudita nas Escolas e Universidades” leva ao interior do Estado apresentações gratuitas com obras de Bach, Vivaldi, Puccini e compositores regionais.

O trio Opus Vivare – formado pelo violonista Evandro Dotto, a soprano Bianca Danzi e o violinista Gabriel Almeida – se apresenta em Aquidauana, no Centro Cultural da UFMS, e em Jardim, na Vila Angélica.

A proposta é tirar a música erudita de grandes teatros e colocá-la diante de plateias formadas por estudantes, moradores e comunidades que raramente têm acesso a esse tipo de espetáculo.

“Nossa missão é devolver essa arte ao povo. Música erudita não é elitista, ela só precisa de espaço para existir”, afirma Evandro Dotto, idealizador do projeto.

O repertório dos concertos cobre um arco histórico que começa no Renascimento e chega ao século XXI. As apresentações são costuradas com explicações e interações com o público, especialmente as crianças.

Em meio a árias de ópera e peças instrumentais, surgem composições inspiradas em paisagens e histórias sul-mato-grossenses. “Quando tocamos algo sobre a Avenida Afonso Pena, por exemplo, as pessoas se reconhecem. Isso emociona”, diz Dotto.

Para a soprano Bianca Danzi, as apresentações vão além do palco. “Cantar ópera em escolas públicas, com crianças achando que é trilha de filme, é uma troca maravilhosa. E quando cantamos em português, a reação é imediata – elas entendem, se envolvem e perguntam. A curiosidade nasce ali”, conta a artista.

A iniciativa também aposta na formação cultural. Ao final das apresentações, é comum que crianças imitem os músicos com instrumentos improvisados. “É nesse gesto que a semente da arte pode florescer”, completa Bianca.

*Com informações da Fundação de Cultura de MS