O mutirão de conciliação com a Energisa em Mato Grosso do Sul resultou em R$ 535.985,55 negociados durante cinco dias de audiências no Tribunal de Justiça. A iniciativa, realizada entre 4 e 8 de agosto, teve 50 atendimentos, com 54% deles finalizados em acordo.
As sessões ocorreram no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Campo Grande, no período da manhã. Os descontos oferecidos pela concessionária incluíram não apenas juros e multas, mas também parte do valor principal da dívida.
Nesta primeira etapa, foram selecionados 1.400 clientes com débitos passíveis de negociação. O trabalho envolveu nove conciliadores e um representante da empresa. Os acordos são homologados judicialmente, garantindo validade e segurança jurídica.
Além de facilitar a regularização de dívidas, a proposta é reduzir a judicialização e incentivar métodos consensuais de solução de conflitos. Dados do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) mostram que, enquanto um processo judicial custa em média R$ 4,3 mil e leva mais de quatro anos para ser concluído, o atendimento pré-processual tem custo médio de R$ 1.116, com duração de cerca de 90 dias e índice de acordo de 75%.
A previsão é que os mutirões passem a ocorrer mensalmente, com intimação prévia dos clientes e custeio da atuação dos conciliadores pela própria concessionária.
*Com informações do TJMS