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ENTREVISTA

Natal deve impulsionar comércio de Campo Grande e marca virada após ano difícil

Pesquisa da CDL aponta retomada do varejo físico e alta intenção de compras presenciais

Adelaido Figueiredo, no estúdio da Rádio Massa Campo Grande (Foto: Fernando de Carvalho/ Massa CG)
Adelaido Figueiredo, no estúdio da Rádio Massa Campo Grande (Foto: Fernando de Carvalho/ Massa CG)

O comércio de Campo Grande deve viver o melhor Natal dos últimos 12 anos. A projeção é da Câmara de Dirigentes Lojistas Campo Grande (CDL/CG), que identificou um cenário de forte recuperação para o varejo físico, após um ano marcado por instabilidade econômica e incertezas políticas.

Uma pesquisa feita pela entidade em parceria com o SPC Brasil mostra que 77,5% dos consumidores pretendem fazer as compras de Natal presencialmente, movimento que deve injetar cerca de R$ 194 milhões na economia da capital.

O levantamento ouviu 210 pessoas nas sete regiões da cidade e revela um consumidor disposto a gastar mais no fim do ano. O consumo médio esperado é de R$ 616, valor dividido entre presentes — cerca de R$ 300 — e gastos com confraternizações, o que beneficia diferentes segmentos do comércio local.

Consumidor frustra compras online e volta às lojas físicas

O presidente da CDL/CG, Adelaido Figueiredo, afirma que o entusiasmo do campo-grandense com as compras físicas é resultado de dois movimentos: o cansaço com os problemas do e-commerce e o desejo de vivenciar a experiência da compra presencial.

Segundo ele, a Black Friday deste ano ampliou essa percepção. “Muita gente não recebeu o que comprou, e quem recebeu não gostou do que viu. Isso empurra o consumidor de volta ao atendimento direto, onde ele pode ver, pegar e testar o produto”, afirma.

Para o comércio local, diz Adelaido, o momento é ideal para investir em atendimento. “A oportunidade está em fidelizar. Se a loja promete algo nas redes sociais, precisa entregar a mesma qualidade no balcão”.

Vestuário lidera lista de compras

A pesquisa também apontou os setores mais procurados neste Natal:

  • Vestuário e acessórios — 52,4%
  • Perfumaria e cosméticos
  • Calçados

A escolha reforça a predominância de produtos de uso pessoal nas intenções de compra e indica que lojas de moda, beleza e calçados devem registrar maior fluxo nos próximos dias.

Um respiro após um ano turbulento

Adelaido destaca que a classe média — responsável pela maior fatia do consumo natalino — enfrentou meses de aperto em função de instabilidade econômica e política. “Agora, no fim do ano, ela quer aproveitar. Está usando o que pode para celebrar e usufruir um pouco mais”.

O presidente da CDL/CG também ressaltou a chance de o comércio local mostrar qualidade e fortalecer vínculos. “Todo mundo ganha. É uma oportunidade de entregar bom atendimento, criar vínculo e fazer o cliente voltar”.

Acompanhe a entrevista completa: