O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) afirmou que protocolou no Senado um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por entender que houve quebra de decoro.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (6) durante entrevista ao Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande.
Segundo o parlamentar, qualquer cidadão pode apresentar um pedido do tipo, mas no seu caso a iniciativa foi um ato político. “O magistrado representa o poder onde atua 24 horas por dia e tem obrigações mais rígidas que outros servidores. O gesto feito por Moraes em um jogo de futebol não condiz com a função”, afirmou.
Pollon disse que o movimento no Senado ainda é incipiente, apesar de pedidos acumulados. Para ele, parte dos parlamentares passou a se manifestar diante do que considera abusos e perseguições, incluindo as ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O deputado também criticou a condução de processos pelo STF e defendeu anistia “geral e irrestrita” para Bolsonaro e para pessoas que, segundo ele, foram alvo de medidas inconstitucionais.
Ele citou a aplicação da Lei Magnitsky ao Alexandre de Moraes, que, na avaliação do parlamentar, reforça a gravidade da situação institucional do país. “Oficialmente, para o mundo livre, nós não somos mais considerados uma democracia”, declarou.
Pollon ainda apontou riscos econômicos e diplomáticos com a aproximação do governo brasileiro de países como Rússia e Irã, e com o alinhamento a regimes que classificou como ditatoriais.
Sobre as proposições apresentadas na Câmara, destacou a PEC que assegura liberdade de expressão para todos os cidadãos, extinguindo o que considera “crime de falar”; o projeto que aumenta penas para furtos e roubos; e a proposta que amplia sanções a invasores de terras, retirando benefícios.
Na área de emendas parlamentares, Pollon disse ter distribuído recursos a todos os municípios sul-mato-grossenses no primeiro ano de mandato, com prioridade para ações voltadas a pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Apesar disso, defendeu o fim das emendas individuais, que, segundo ele, “são fonte de corrupção” e deveriam ser substituídas por repasses diretos à sociedade.
O parlamentar também apresentou um projeto de lei para reduzir benefícios a parlamentares e altos salários do serviço público, com o objetivo de custear mudanças na legislação trabalhista. “Se tirarmos o benefício do alto escalão, sobra dinheiro para a população”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra:
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