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Prefeitura omite informações e comemora "avanços na Saúde"

Ranking do Ministério da Saúde mostra Campo Grande na 7º posição entre as capitais; no MS, Capital amarga a 62ª colocação

Edir Viegas comentou o cenário em que se encontra a saúde na Capital - Foto: Reprodução
Edir Viegas comentou o cenário em que se encontra a saúde na Capital - Foto: Reprodução

Na semana passada a Prefeitura de Campo Grande publicou ranking divulgado pelo Ministério da Saúde segundo o qual o município aparece na 7ª colocação, entre as capitais, no Índice Sintético Final (ISF), no âmbito do Programa Previne Brasil.

Na matéria publicada no portal do município, a pontuação alcançada, de 7,01 no primeiro quadrimestre de 2023 é bastante comemorada, com direito à manifestação da prefeita Adriane Lopes.

“A saúde é e sempre será prioridade na nossa gestão. Estamos trabalhando para dar à população campo-grandense uma saúde digna e de qualidade. E esse resultado vem coroar todo o trabalho que vem sendo realizado”, disse Adriane.

Mas a notícia, analisada por outro ângulo, o real, não é tão alvissareira quanto quer fazer crer a prefeitura.

Campo Grande de fato está na 7ª posição entre as capitais. Mas em Mato Grosso do Sul, entre todos os 79 municípios, amarga a 62ª posição. Caso a Capital estivesse 17 pontos atrás do índice conquistado, estaria na última colocação.

Mais: em nível nacional, Campo Grande aparece na 4.109 colocação, o que não parece ser posição suficientemente positiva a ensejar qualquer comemoração quando lembramos que o Brasil possui 5.568 municípios.

A prefeitura também comemorou os resultados alcançados nos últimos seis anos com relação à cobertura de Atenção Primária de Saúde, saindo de 33,27% para 71,28%, conforme dados extraídos do sistema E-Gestor e disponíveis na plataforma oficial do Ministério da Saúde.

Parte dos números divulgados pela prefeitura não bate com os que estão na plataforma e-Gestor.

Além disso, apesar de a Atenção Básica de Saúde em Campo Grande ser hoje de 74,73%, o índice está ainda bem abaixo de Três Lagoas e Ponta Porã, ambos os municípios com 100% de cobertura, e também de Corumbá (84,79%, Dourados (84,16%), Paranaíba (89,01%) e nova Andradina (87,6%), dentre outros.

Confira a coluna na íntegra: