Em outubro do ano passado, a Santa Casa comunicou à prefeitura a decisão de fechar os últimos leitos abertos para reforçar o atendimento à população durante a pandemia da Covid-19.
Para evitar o fechamento, já que havia a necessidade de manutenção desses leitos, a gestão Adriane Lopes firmou com a Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora do hospital, aditivo contratual.
No contrato foi estabelecido que tanto a auditoria para comprovar a prestação dos serviços quanto o pagamento deveriam ocorrer mensalmente.
Em função da absoluta desorganização em que se encontra a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a exemplo do que ocorre com todos os demais setores da prefeitura, nem a auditoria e muito menos os pagamentos aconteceram.
Serviços prestados de novembro de 2022 a junho de 2023 somam hoje crédito de R$ 4.356.000,00 à Santa Casa, cujo pagamento vem sendo postergado pela gestão Adriane Lopes sem qualquer justificativa.
O calote já vem se refletindo no atendimento prestado aos pacientes, conforme informações repassadas à Sesau pela ABCG.
Cancelamento de fornecimento órteses, próteses e materiais especiais aos pacientes já está prestes a ocorrer.
As caixas ortopédicas não estão sendo repostas por conta da falta de pagamento aos fornecedores, o que deverá em breve comprometer os serviços de atendimento à ortopedia, na urgência e emergência, em função da falta de material.
Pelo mesmo motivo, começam a faltar medicamentos no estoque do hospital. Em paralelo, a prefeitura retém emendas parlamentares destinadas à Santa casa que somam mais de R$ 2,5 milhões.