Com expectativa de desenvolvimento para todo o Mato Grosso do Sul, a Rota Bioceânia também traz planos de crescimento para os municípios. O impacto direto é previsto para economia, negócios e industrialização, mas tem previsão de beneficiar ainda as áreas social, do turismo e da educação.
“O Governo do Estado tem sido extremamente parceiro dos municípios. A rota acaba influenciando toda uma região, não é só uma estrada, um local. Campo Grande tem se colocado como a entrada da rota e é importante para o turismo de Mato Grosso do Sul. Mas nós temos todos os municípios que participam do eixo de ligação com o Pacífico sendo impactados pela rota”, disse o governador Eduardo Riedel.
O município de Porto Murtinho é a porta de entrada da Rota Bioceânica, no Brasil, e um dos que prevê grande impacto econômico e social no Estado. “Porto Murtinho, que é efetivamente onde está a ponte e afunila praticamente toda a relação de transporte rodoviário naquela região. Um segundo porto é licitado e recebeu investimentos vultuosos do Estado para preparar o município para esta situação”, afirmou Riedel.
O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, atua para atender o aumento do fluxo de pessoas e a demanda por serviços diversos que podem surgir no município. “Estamos organizando a cidade, ampliando hospital, reformando e ampliando escolas. Porto Murtinho é o portal da rota, tudo que vai entrar no Brasil, tem que parar aqui”.
O desenvolvimento também tem reflexo direto na educação. “Entra também a nossa Universidade Estadual trabalhando cursos em Jardim, Tecnologia em Logística, preparando mão de obra específica. E temos o privado atuando como nós vimos em Porto Murtinho com hotel, posto, atendimento aos transportadores de cargas. Toda essa relação tem o apoio do Governo do Estado para apoiar os municípios que serão impactados positivamente pela rota”, disse Riedel.
Com foco na qualificação da mão de obra, a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) passou a oferecer o curso de Tecnologia em Logística, em Jardim. Os tecnólogos são formados em 30 meses (dois anos e meio). O curso passou a ser oferecido para atender a demanda da Rota Bioceânica com a formação de profissionais qualificados para as demandas específicas deste projeto estratégico de desenvolvimento do Estado. A turma, específica e única, ingressou na UEMS/Jardim por meio de processos seletivos – vestibular e Sisu – em 2021.
Projeto
Prevista para entrar em operação em 2025, a Rota Bioceânica se configura como novo eixo logístico da América do Sul, com o Estado em posição estratégica e central no caminho. A lógica comercial futura de Mato Grosso do Sul é construída baseada neste instrumento de integração entre o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
A obra da ponte da Rota Bioceânica que ligará as cidades de Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai, é realizada em várias frentes e registra atualmente avanço de 24,68% em nível geral.
*com informações do Governo do Estado