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PREVENÇÃO

SES orienta gestantes a se vacinarem contra coqueluche em meio a aumento de casos

Vacinação protege crianças e gestantes contra a coqueluche
Vacinação protege crianças e gestantes contra a coqueluche - Foto: Reprodução/Cofen


A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) emitiu novo alerta para a importância da vacinação contra a coqueluche, diante do aumento de casos no Brasil e na América Latina. Este ano, até o dia 31 de maio, Mato Grosso do Sul já contabiliza 40 casos confirmados e um óbito — um bebê de apenas um mês de vida cuja mãe não havia recebido a vacina  tríplice bacteriana acelular (dTpa) durante a gestação.

O imunizante, disponibilizado gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é a principal forma de prevenção. Conforme o calendário nacional, crianças devem ser imunizadas com a vacina Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, com reforços da DTP aos 15 meses e aos 4 anos. Para gestantes, a recomendação é receber a dose da dTpa a partir da 20ª semana de cada gravidez.

“A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa e potencialmente grave, especialmente para bebês”, explica Jakeline Miranda Fonseca, da Gerência de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES.

Em 2024, MS havia registrado 24 casos, sem mortes. Em 2025, além dos 40 diagnósticos confirmados, sete casos permanecem em investigação. No Brasil, o cenário é ainda mais preocupante: 7.486 casos e 29 mortes em 2024, sendo que 95% dos óbitos ocorreram em menores de 1 ano e 82% das mães não haviam sido imunizadas com a dTpa.

A cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul é considerada alta, com 99,82% para a Pentavalente, 99,85% para a DTP e 92,40% para a dTpa adulto. Apesar disso, a SES reforça que segue promovendo capacitações para coordenadores de vigilância e estratégias de detecção precoce de casos.

Ações Preventivas

O alerta estadual está alinhado às recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que detectou crescimento expressivo da doença em países como Colômbia, Equador, México e Paraguai. A entidade recomenda vigilância ativa, isolamento dos casos e início rápido do tratamento, especialmente entre crianças não vacinadas.

Entre as ações preventivas indicadas pela SES também estão a quimioprofilaxia dos contatos próximos e seu monitoramento por até 42 dias — período de incubação da doença —, além da ampla divulgação de informações aos profissionais de saúde e à população.