RÁDIOS
Campo Grande, 26 de abril

Busca por vices empaca em alianças nacionais e nomes seguem indefinidos

Além disso, partido encontram dificuldades para formar chapas para deputados devido a nova legislação

Por Nyelder Rodrigues
05/05/2022 • 07h32
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Dos seis nomes colocados como pré-candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul, apenas um já tem vice, e mesmo assim foi o partido quem revelou sem muita pompa o nome, e não o próprio pretendente ao cargo máximo no Executivo estadual. O panorama é geral: todos partidos encontram dificuldades para encontrar já no início de maio um vice.

As definições partidárias em Brasília (DF) são essenciais para que os diretórios regionais das siglas consigam ter um norte a seguir nos acordos. No dia 31 deste mês, por exemplo, vence o prazo para a formação de federações partidárias, algo que muitos apostam que vai ter grande adesão na véspera do fechamento, devido as dificuldades em fechar chapas.

"Creio que até o fim desse prazo vários partidos vão aderir e teremos um enxugamento eleitoral no país", comenta o cacique petista Vander Loubet, deputado federal. Essa é uma das situações que estão empacando o processo de formação de alianças nos estados.

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Eduardo Riedel (PSDB) já confirmou ter Tereza Cristina (PP) como sua candidata ao Senado e até Jair Bolsonaro (PP) como candidato a presidente da República. Porém, o vice é algo que ainda não é vislumbrado, ao menos em um curto período.

"Quero uma pessoa atuante e não uma figura decorativa. Quero alguém com preparo, capacidade técnica, que conheça Mato Grosso do Sul e possa contribuir na construção de política públicas que melhorem a vida das pessoas", afirma Riedel ao comentar o perfil pretendido. 

Ele completa que não existe nenhuma definição sobre o nome de vice, nem de onde ele deve vir. "Temos um espaço de tempo para organizar. Nesse momento estamos ouvindo as pessoas. Temos que estruturar o plano de governo para chegar na convenção com proposta sólida". 

MARQUINHOS TRAD

Já um dos principais rivais de Riedel é Marquinhos Trad (PSD), ex-prefeito de Campo Grande que fazia, até pouco tempo, parte do mesmo grupo. Entre o arco de aliados cogitados esteve Ricardo Ayache, presidente do PSB em Mato Grosso do Sul e que recusou o convite de vice para ficar no grupo de políticos aliados a Eduardo Riedel nessa disputa.

"Continuamos sem vice. A política é muito dinâmica e esse cargo tem seu dinamismo a ser respeitado. Vamos observar as composições nacionais e ver como elas se refletem nas paróquias", explica o presidente regional do PSD, o senador Nelsinho Trad.

Sobre uma possível precipitação do irmão ao anunciar Ayache como vice, Nelsinho desconversou e fez uma declaração aponta para uma estratégia do irmão nas entrelinhas. "Especulações em política às vezes tem outro objetivo, que é o exercício do pensar naqueles que estão na linha de frente das movimentações políticas", destacou o senador.

Trad ainda completou dizendo que "se Marquinhos fez isso, estimulou alguma situação para mexer nesse tabuleiro todo", concluiu o senador sobre o assunto, deixando no ar intenções do pré-candidato que iriam além de conseguir um vice para as eleições.

MONTAGEM DE CHAPAS

Uma das siglas tradicionais que enfrenta dificuldade para montar chapas é o PDT, que pode até mesmo ficar sem candidaturas para deputado federal - são nove nomes colocados nas urnas, sendo no mínimo três mulheres para se alcançar o percentual de 30%.

"No PDT o que fizeram foi tentar reparar o dano da saída de sua maior liderança, que é o Dagoberto [Nogueira, deputado federal]. Partido é congressual, se faz com bancada federal, ou seja, deputados federais e senadores. A partir do momento que ele saiu e perderam essa vaga, houve essa reação", comentou Trad ao falar da intervenção na Nacional no PDT local.

Nelsinho ainda diz que "todos os partidos estão tendo" problemas para fechar as chapas, agora puras, ou seja, sem coligação, confome exige a nova legislação. "Não existe um partido vir e dizer que não está [sofrendo com essa mudança]", afirma, completando. 

"Tem que montar chapa pura, são seis homens e três mulheres que precisam ser competitivas. Aí quando você sai do desafio federal, tem o do estadual, que também é chapa pura. Realmente é algo dificultoso para quem está a frente liderança do partido, no caso, eu", completa.

Atualmente, o PSD de Mato Grosso do Sul conta com apenas um deputado federal, Fábio Trad, que tentará a reeleição. Ao seu lado pode figurar outro nome famoso do grande público nessa disputa: o juiz aposentado Odilon de Oliveira. Ele pretende ir ao Senado, porém, as composições da sigla podem o deixar na briga pela Câmara Federal.

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