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INVESTIGAÇÃO

Advogado de pecuarista acusa agentes paraguaios de desvio de US$ 30 mil 

Orlando Vendramini Neto segue preso em Dourados, apontado como mandante de assassinato por dívida de US$ 2 milhões
Orlando Vendramini Neto segue preso em Dourados, apontado como mandante de assassinato por dívida de US$ 2 milhões / Foto: Reprodução/Leandro Holsbach

O advogado Hugo López, representante do pecuarista Orlando Vendramini Neto, 64 anos, acusa agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai de desviarem US$ 30 mil das contas de seu cliente. Segundo López, o desvio ocorreu após a prisão de Orlando em 22 de janeiro, quando seus celulares foram apreendidos.

De acordo com o advogado, as transferências indevidas foram realizadas nos dias 27 e 28 de janeiro, utilizando aplicativos bancários nos celulares apreendidos. O filho de Orlando teria percebido as movimentações suspeitas ao solicitar extratos bancários no Brasil e no Paraguai. López afirma que seu cliente foi coagido a fornecer os códigos de acesso aos agentes.

Em resposta, o ministro-chefe da Senad, Jalil Rachid, informou que as denúncias estão sendo investigadas internamente e pelo Ministério Público. Paralelamente, López planeja formalizar uma queixa sobre a expulsão de Orlando do Paraguai, alegando que, por possuir cidadania paraguaia e residir no país há 30 anos, ele não poderia ser extraditado sem o devido processo legal.

Orlando Vendramini Neto está atualmente detido na Penitenciária Estadual de Dourados, acusado de ser o mandante do assassinato do pecuarista Valdereis Rodrigues de França, 61 anos, ocorrido em 5 de novembro de 2024, em Sete Quedas (MS). Investigações apontam que o crime teria sido motivado por uma dívida de US$ 2 milhões.

As autoridades brasileiras e paraguaias continuam investigando o caso para esclarecer as circunstâncias do crime e as alegações de desvio de dinheiro. A defesa de Orlando busca anular a expulsão e responsabilizar os agentes envolvidos no suposto desvio.