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Com um mês, Samu Indígena realizou 150 atendimentos

Nos primeiros 30 dias de funcionamento do Serviço na reserva indígena, foram 150 ocorrências atendidas pela equipe, uma média diária de cinco ocorrências. (Foto: Divulgação A. Frota)
Nos primeiros 30 dias de funcionamento do Serviço na reserva indígena, foram 150 ocorrências atendidas pela equipe, uma média diária de cinco ocorrências. (Foto: Divulgação A. Frota)

A primeira unidade do Samu Indígena do Brasil (Samui) completou um mês, no dia 9 de setembro, em Dourados. Nos primeiros 30 dias de funcionamento do Serviço na reserva indígena, foram 150 ocorrências atendidas pela equipe, uma média diária de cinco ocorrências, o que equivale a um aumento de 150% em relação à média anterior, que era de duas ocorrência por dia.

Com base própria na área do Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, na Aldeia Jaguapiru, o serviço é exclusivo para atendimento da população indígena da maior aldeia urbana do país, com população estimada em 13,5 mil habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE.

O serviço funciona 24 horas e conta com 14 profissionais, incluindo cinco técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e quatro condutores-socorristas. Metade da equipe é formada por indígenas fluentes em português e guarani, o que facilita a comunicação e garante um atendimento culturalmente adequado. O atendimento aos indígenas das etnias Guarani, Terena e Caiuá que vivem na Reserva Indígena de Dourados, encurtou o tempo resposta e, inclusive, dobrando o número de atendimentos diários nas aldeias Jaguapiru e Bororó.

O coordenador regional do Serviço Móvel de Urgência em Dourados, o médico Otávio Miguel Liston, explica que, agora, o tempo médio de resposta do Samu Indígena após receber a ligação é de 7 minutos, o que representa uma melhora significativa em relação ao cenário anterior, quando as equipes partiam da região central da cidade e levavam mais tempo para chegar às aldeias Jaguapiru e Bororó.

SAÚDE NA COMUNIDADE

A coordenação do Samu lançou nesta terça-feira (9) o projeto Saúde na Comunidade, que consiste em ações de promoção da saúde, educação e conscientização que o SAMU 192 realiza nas comunidades. A ação teve início com visita à unidade básica de saúde da aldeia Jaguapiru, onde conversaram com a equipe de enfermagem e demais profissionais, passando orientações sobre o Serviço e esclarecendo dúvidas.

“Conversamos com o enfermeiro, com a técnica de enfermagem, toda a equipe de enfermagem e recepção, mostrando como funciona o serviço, como é o acionamento, enfatizando a importância do chamado ser passado por uma regulação médica para que o médico possa definir qual o recurso de empenhar na ocorrência”, explica o coordenador Otávio Miguel.

Segundo ele, a visita foi também uma oportunidade para a troca de ideias e “isso é importante para que o Serviço esteja cada vez mais próximo da comunidade, para que o pessoal conheça o nosso trabalho e a importância do Samui e que estamos sempre à disposição deles”. A ação será estendida às demais unidades de saúde da reserva indígena, como forma de agregar em qualidade de serviço prestado para à comunidade. (Com informações da Assecom)