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Sindicato dos Médicos move ação contra vereadora após embates em Dourados

Vereadora Isa Marcondes durante fiscalização em unidade de saúde de Dourados
Vereadora é acusada pelo sindicato de expor médicos e violar sigilo profissional. Foto: Divulgação

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinMed/MS) ajuizou uma Ação Civil Coletiva contra a vereadora de Dourados, Isa Jane Marcondes (Republicanos). Ela é conhecida como “Cavala”. A ação é por condutas que, segundo a entidade, atentam contra a honra, imagem e segurança dos profissionais da saúde.

De acordo com o presidente do SinMed, Dr. Marcelo Santana Silveira, o sindicato não é contra a fiscalização parlamentar, mas condena atitudes com viés sensacionalista. Ele afirma que as ações da vereadora expõem médicos e pacientes de maneira irresponsável, sem respeito ao sigilo profissional nem ao direito ao contraditório.

A ação judicial foi motivada por publicações nas redes sociais feitas por Isa Marcondes, em que médicos foram acusados de negligência, sem apuração dos fatos. O sindicato argumenta que essas condutas não apenas ferem preceitos constitucionais, como também ampliam os riscos aos profissionais, já expostos a condições precárias de trabalho.

“Essas atitudes, longe de contribuir com soluções reais para os problemas da saúde pública, alimentam a desinformação. Elas fomentam a hostilidade da população contra os médicos”, pontuou Silveira.

No pedido judicial, o SinMed/MS solicita a imediata remoção das postagens ofensivas. Eles pedem a proibição de novas gravações e publicações sem justificativa formal, preservação do direito à privacidade de profissionais e pacientes, além de multa em caso de descumprimento das medidas judiciais.

Confronto e Acusações

O episódio mais recente ocorreu na quinta-feira (3), quando a vereadora realizou uma fiscalização na unidade básica de saúde do distrito de Indápolis. Durante a abordagem, ela questionou a presença de médicos e outros profissionais. Isso gerou um confronto com um médico, que reagiu com ofensas e palavrões. A situação terminou na delegacia da Polícia Civil.

Em junho, a atuação da parlamentar já havia sido alvo de críticas. Um pedido de cassação foi protocolado por um profissional da saúde, com apoio de seis vereadores, mas acabou rejeitado pela maioria da Câmara Municipal.