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ECONOMIA E AGRONEGÓCIO

Tereza Cristina comenta derrubada do IOF e dificuldades no agro

Senadora Tereza Cristina, durante evento de incrementação agrícola em Ponta Porã./ Foto: Jhonatan Xavier/RCN67/Rádio Massa FM Dourados
Senadora Tereza Cristina, durante evento de incrementação agrícola em Ponta Porã./ Foto: Jhonatan Xavier/RCN67/Rádio Massa FM Dourados

Durante o evento de lançamento de do Programa de Incrementação de Produção do Milho, na manhã desta quinta-feira (26), na Fazenda Boa Vista, região de Ponta Porã (MS), a senadora Tereza Cristina (PP-MS), falou ao Portal RCN67 e a Rádio Massa FM Dourados, sobre o atual cenário do agronegócio no Mato Grosso do Sul.

Segundo ela, o agro vai bem no Brasil e no Estado, mas que precisa de ajustes em alguns pontos, como previsibilidade, crédito com juros que caibam no bolso do agricultor e do pecuarista, e também do seguro rural. Com isso, nas palavras da senadora, “não seria mais necessário ficar discutindo todo ano o Plano Safra”.

Tereza Cristina também falou sobre a expectativa para o Plano Safra, que será lançado no dia 1º de julho. “As entidades de classe, que eu respeito e que fazem esse levantamento todo ano, falam que o valor mínimo do Plano Safra deveria ser de R$ 25 bilhões para equalizar os juros. Não que esse seja o valor da nossa safra, porque ela custa um trilhão todo ano e isso vem de outras fontes. Mas a equalização, nós calculamos em R$ 25 bilhões. O governo ano passado foi de R$ 16 bilhões. Então vamos ver o que é que o governo entre 16 e 25 vai colocar. Agora com uma grande dificuldade, porque como os juros subiram muito do ano passado para cá, então você precisa de mais dinheiro de equalização para manter os juros no patamar de 8, 9%, 10%. Na verdade 10% já é muito, o ideal é sempre abaixo de dois dígitos. Sempre um dígito é melhor quando a gente fala de juros”, disse.

A senadora ainda falou sobre a derrubada do decreto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aumenta a alíquota sobre o imposto sobre operações financeiras, o IOF, e se isso abre caminho para a redução da LCA.

“Quem investe em LCA? Investidor médio, não é grande investidor. Quem é médico, dentista, comerciante. Então as pessoas vão no banco, o gerente oferece, só que ela já paga menos. Então, essa história de equalizar, eu até acho que pode equalizar, mas não é agora, neste momento. Então, o que vai acontecer? A LCA hoje, ela tem sido uma das grandes alavancas do Plano Safra, do dinheiro livre que a gente fala. Então, ela é uma grande alavanca. Se você põe juros, você vai afugentar os investidores dessa aplicação. E aí, vão migrar para outras que deem mais. E, com isso, nós reduzimos de novo aquilo que o financio Plano Safra”, finaliza.