
O Governo Federal, em articulação com o Estado de Mato Grosso do Sul, estabeleceu uma chamada “zona de amortecimento” na área da Fazenda Ipuitã, em litígio entre produtores rurais e a comunidade indígena Guarani‑Kaiowá na região de Caarapó, com o objetivo de afastar confrontos e garantir o monitoramento da segurança no local.
A decisão foi tomada em reunião na tarde desta quinta-feira (30), onde foi apresentado ao vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD), os levantamentos feitos na reunião multiministerial de quarta-feira (29).
A zona de amortecimento de 250 metros entre a área indígena e a fazenda, pretende evitar que os agrotóxicos usados na lavoura atinjam a comunidade, bem como garantir a presença institucional de mediação e segurança.
A área em questão integra o disputado território da Terra Indígena Guyraroká, cuja demarcação reconhecida já chegou a 11,4 mil hectares, mas cuja parte permanece em litígio.
O anúncio da zona de amortecimento ocorre em meio a recentes episódios de ocupação, incêndios e tensões na fazenda, que envolvem destruição de máquinas, plantações e veículos, segundo relatos da Polícia Militar e entidades indígenas. A iniciativa será integrada à força-tarefa coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e pelo governo estadual, que definiram mecanismos de mediação, segurança reforçada e acompanhamento das lideranças indígenas, visando mitigar os riscos de novos confrontos.
 
						 
						 
						 
					 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			