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Três Lagoas, 26 de julho

Representantes do Cram falam sobre a Semana de Combate ao Relacionamento Abusivo

Durante a Semana, será realizada palestras nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras)

Por Any Galvão
04/06/2024 • 10h58
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Nesta terça-feira (4), a coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cram), Gisele da Silva Nascimento, e a assistente social do Cram, Larissa da Silva, participaram do programa RCN Notícias, da TVC HD, Canal 13.1, para falar sobre a Semana de Combate ao Relacionamento Abusivo.

De acordo com Gisele, essa Semana, que antecede o Dia dos Namorados, vem no sentido de promover a reflexão e o debate sobre os relacionamentos abusivos. “Nós começamos as ações com entrevistas durante toda a semana nos canais de comunicação para falar sobre o relacionamento abusivo, a rede de proteção em Três Lagoas, os canais de denúncia e sobre como identificar esses relacionamentos”.

Além disso, será realizado uma campanha digital com parceiros do Cram, que irão postar um folder com todas as explicações e ajuda necessária. “Hoje, nós sabemos que a maior parte dos relacionamentos abusivos são maquiados na internet. A proposta desta campanha digital é alcançar o público mais jovem para conscientizar e trazer reflexão”, explica Gisele.

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Durante a Semana, será realizada palestras nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV “Colo de Mãe” para trazer conscientização, os efeitos, falar sobre as pessoas envolvidas e a violência intrafamiliar.

O relacionamento abusivo é caracterizado pelo controle. Ele começa com elogios velados e leva ao isolamento da pessoa. Essa é a fase inicial que precede a violência doméstica, onde uma pessoa exerce controle sobre a outra. Inicialmente, esse controle pode parecer inofensivo, mas é o começo de um comportamento abusivo.

Formas de controle velado, que ainda não se manifestam como violência explícita, são comuns em relacionamentos abusivos. Em tais casos, há uma pessoa dominante na relação, e essa dinâmica de controle pode evoluir para violência doméstica se não forem tomadas providências. Inicialmente, o abuso pode se manifestar de maneira sutil, como controle das redes sociais, do celular, da família e das amizades, parecendo cuidado ou zelo.

Com o tempo, essas atitudes podem se transformar em formas mais graves de violência, incluindo violência moral, psicológica, patrimonial e sexual. Muitas mulheres só percebem que estão em um ciclo de violência quando ocorre a violência física. É importante entender que o relacionamento abusivo muitas vezes começa de maneira aparentemente inofensiva, mas o excesso de controle é um sinal de alerta.

Segundo Larissa, em 2022, foram registrados 809 atendimentos, enquanto em 2023 esse número aumentou para 852. Gisele explica que o relacionamento abusivo começa de forma velada, mas quando os casos chegam ao Cram, já se manifestam como violência. Em 2024, até o mês de abril, já foram contabilizados 266 atendimentos relacionados a essa temática.

Pessoas em um relacionamento abusivo podem procurar ajuda pelo Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher. Este serviço recebe denúncias de violações e encaminha os casos às entidades competentes, como a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) ou o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram).

Veja a entrevista completa abaixo:

 

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