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Três Lagoas, 27 de julho

Três Lagoas está preparada para as mudanças climáticas?

Populações ribeirinhas e construções próximas às encostas estão mais suscetíveis a sofrerem com o aumento do nível da água

Por Emerson William
21/05/2024 • 11h15
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Um debate que deve se tornar recorrente para os próximos anos são as mudanças climáticas. São diversas as causas e efeitos que podem afetar o planeta e tudo aquilo que conhecemos, algo como o que temos visto no Rio Grande do Sul, por exemplo. Mas será que Três Lagoas está preparada para eventos extremos que podem ocorrer no futuro?

Nos últimos anos, os eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e os efeitos estão sendo sentidos em todas as regiões do país, milhões de pessoas estão sendo atingidas, assim como os animais e a vegetação. Na nossa região, recordes de temperaturas altas foram registradas, com sucessivas ondas de calor, o tempo ficou mais seco, com chuvas pontuais e cada vez mais intensas.

Estes eventos têm chamado a atenção sobre o que chamamos de mudanças climáticas e como estamos vivenciando este período, que pode estar apenas começando, como alertou a Organização das Nações Unidas (ONU). Mas será que as cidades estão preparadas para o que vem pela frente? Tem alguma possibilidade de Três Lagoas sofrer com eventos climáticos extremos?

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De inundações causadas pelo nível de água dos rios, os três-lagoenses não correm risco, como apontou o coordenador da Defesa Civil, João Luiz da Silva. “Nós estamos bem mais seguros do que acontece no Rio Grande do Sul. A princípio, o nosso próprio clima, topografia e geomorfologia, e o distanciamento que temos em relação aos nossos rios e vales que estão longe da cidade”, explicou.

No entanto, populações ribeirinhas e construções próximas às encostas estão mais suscetíveis a sofrerem com o aumento do nível da água, como já ocorreu em anos anteriores, sendo a mais desastrosa no ano de 1983, no Jupiá.

De lá pra cá, a Defesa Civil e a CTG, empresa responsável pela barragem, tem atuado em conjunto para prever qualquer alteração nos rios. O ponto crítico pode ocorrer quando a água chega a uma vazão de 16 mil metros cúbicos por segundo.

A parceria deve se resultar em um plano de ação de emergência que ainda está sendo elaborado e deve ser repassado a quem mora na região próxima. De acordo com o gerente de engenharia da operação da CTG, Paulo Libraiz, a operação é segura e não corre riscos.

Mas as chuvas podem causar outros estragos, como os alagamentos. E Três Lagoas já sofre com este problema de infraestrutura. De acordo com o setor responsável, o planejamento da cidade desde a fundação é a principal causa para este fator, mas que a prefeitura tem trabalhado para resolver com as obras de drenagem e piscinões, como afirmou o secretário, Osmar Dias.

A secretaria também deve realizar um novo projeto de melhoria dos canais de drenagem. Segundo com levantamento da pasta, em caso de chuvas cada vez mais intensas, os moradores dos bairros Chácara Imperial, Vila Haro, Quinta da Lagoa, Jardim dos Ipês, a parte baixa do Jardim Alvorada e na avenida Jary Mercante, estão mais suscetíveis a sofrerem consequências mais graves, principalmente por conta dos alagamentos.

Mas a água em abundância ainda não deve ser o nosso maior problema. Estudos sobre o clima apontam que a região Centro-Oeste tende a sofrer cada vez mais com o clima mais quente e com a estiagem nos próximos anos.  Algo que já tem sido observado pela Defesa Civil, como explicou o coordenador da Defesa Civil.  

A emissão de gases do efeito estufa são as principais causas das mudanças climáticas no mundo. O Brasil é o sexto país mais poluente do planeta. Ainda é tempo para que sejam cobradas políticas públicas e maior responsabilidade de governantes e empresas privadas sobre o Meio Ambiente, que pode ter mudanças irreversíveis em um futuro próximo.

Veja na reportagem abaixo: 

 

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