RÁDIOS
Três Lagoas, 02 de dezembro
RCN em AçãoRCN em Ação

Três Lagoas tem 17 mil famílias em situação de pobreza, aponta o CadÚnico

Dados atualizados são do Ministério do Desenvolvimento Social, referentes a maio

Por Ana Cristina Santos
08/06/2019 • 11h00
Compartilhar

Três Lagoas tem 17,1 mil famílias consideradas de baixa renda- aquelas com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Esse é o total de famílias inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Social, gestor dos programas sociais, referentes a maio deste ano.
Em oito anos, o número de famílias em situação de pobreza dobrou em Três Lagoas. Em 2011, perto de oito mil famílias estavam no CadÚnico.

O cadastro reúne informações socioeconômicas de famílias de baixa renda. Parte delas é beneficiada com a tarifa social de energia elétrica, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o Programa Bolsa Família, entre outros.

De acordo com o ministério, 5.113 beneficiários possuem renda familiar por pessoa de até R$ 89; 2.103 possuem renda per capita familiar entre R$ 89 e R$ 178; 4.574 sobrevivem com renda por pessoa entre R$ 178 e meio salário mínimo, e 5.383 com renda per capita acima de meio salário. Em 2011, Três Lagoas tinha 8.714 famílias no CadÚnico. 

Das 17,1 mil famílias inseridas no cadastro em 2019, mais de cinco mil recebem o benefício do Bolsa Família, que atende pessoas pobres e extremamente pobres. O programa beneficiou em maio deste ano, 5.863 famílias, representando uma cobertura de 166,7 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios com valor médio de R$ 168. O total transferido pelo governo federal em benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 989,8 mil, na cidade, no mês passado.

JPNEWS: BANNER RCN NOTICIAS PATROCINADO ATUALIZADO 03.11.2023
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com a professora e doutora em Geografia, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), campus de Três Lagoas, Edima Aranha, é preciso definir ações de inclusão dessas pessoas no trabalho ou em projetos sociais geradores de renda. 

Além disso, destaca que é preciso encaminhar essas pessoas para o retorno à escola “porque, na medida em que vão se qualificando, deixam para trás a condição de miséria e se inserem no mercado de trabalho para auferir renda, que pode ser informal ou formal. E assim sucessivamente. O que não podemos e nem devemos é mantê-las no mesmo status por anos, décadas e a vida toda”, destacou.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de JPNews Três Lagoas