O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Paranaíba promoveu, nesta semana, uma audiência de mediação que contou com intérpretes de Libras atuando por videoconferência para garantir acessibilidade.
A demanda foi ajuizada por uma avó que buscou auxílio judicial para regularizar a guarda da neta, uma bebê de apenas um mês de vida. Como os requeridos são pessoas com deficiência auditiva e utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a presença dos intérpretes foi fundamental para viabilizar a comunicação.
Após a solicitação, a coordenação do Cejusc registrou a necessidade nos autos e acionou o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec). O coordenador-geral do Núcleo, desembargador José Ale Ahmad Netto, providenciou a participação de dois profissionais especializados.
A audiência aconteceu em 1º de setembro, com a presença da mediadora judicial Taís Alves Leal, dos intérpretes Jessé Macedo e Bruno Ribeiro da Cruz, além das partes envolvidas. O encontro resultou em acordo, homologado em seguida pelo juiz coordenador do Cejusc, Edimilson Barbosa Ávila, após parecer favorável do Ministério Público.
O uso de intérpretes de Libras em procedimentos judiciais reforça a inclusão e assegura às pessoas surdas igualdade de condições no acesso à Justiça, garantindo sua participação ativa no processo e a construção de soluções justas e adequadas à realidade de cada caso.