
Na tarde de segunda-feira (24), uma jovem de 34 anos foi encontrada morta em sua residência, no bairro Jardim América, em Paranaíba. A Polícia Militar foi acionada por uma testemunha, amiga da vítima, que relatou ter encontrado a jovem desfalecida e sentada ao chão.
Segundo o relato da testemunha, a cena encontrada no local remete a um possível caso de auto interrupção de vida. Ao perceber a situação, a amiga acionou o irmão da vítima, de 43 anos, que inicialmente pensou se tratar de uma brincadeira. Ao constatar a gravidade, ele se dirigiu rapidamente para a residência, solicitando imediatamente a presença do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
Os policiais e os bombeiros realizaram os primeiros socorros no local, incluindo massagem cardíaca, antes de encaminhar a jovem ao hospital. Apesar do atendimento, a equipe médica confirmou o falecimento. Conforme o boletim de ocorrência, a vítima apresentava sinais de asfixia, com face e lábios arroxeados, e estava sem pulso ao ser encontrada.
Em depoimento à polícia, o irmão relatou que a irmã reclamava de sobrecarga no trabalho e informou que ela estava emocionalmente abalada, devido a um relacionamento conturbado com um homem atualmente preso no estabelecimento penal de Paranaíba. Segundo ele, o indivíduo mantinha contato com a vítima por meio de ligações de dentro presídio, causando reiteradas situações de constrangimento e perturbação.
Após o registro da ocorrência, a equipe policial se deslocou à Delegacia de Polícia Civil para formalizar o boletim e dar sequência às investigações sobre o caso.
A reportagem entrou contato com a AGEPEN/MS (Agencia Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), que enviou um comunicado oficial. Leia a íntegra:
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen/MS) informa que, não consta nos registros oficiais qualquer comunicação, denúncia ou reclamação por parte da convivente acerca de ameaças supostamente feitas pelo interno. A mulher, inclusive, realizava visitas regularmente ao custodiado no estabelecimento penal, sem que houvesse qualquer indicativo prévio de conflito informado aos setores responsáveis.
A Agepen informa que acompanhará as investigações conduzidas pelas autoridades competentes e adotará todas as providências cabíveis, dentro de sua esfera de atuação.
A instituição reforça que atua de maneira contínua para coibir o acesso indevido de internos a meios de comunicação externa, por meio de investimentos permanentes em tecnologia, segurança penitenciária e capacitação dos policiais penais.