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DIÁLOGO

Trabalhadores encerram paralisação após acordo que garante novos direitos

Após acordo, trabalhadores encerram paralisação e retornam às obras do Residencial Onça Pintada, em Inocência.

Assembleia definiu fim da paralisação em Inocência. (Foto Sintiespav)
Assembleia definiu fim da paralisação em Inocência. (Foto Sintiespav)

Os trabalhadores da empresa Opus Construtech voltaram às atividades na manhã desta quinta-feira (5), em Inocência, após acordo que garantiu melhorias trabalhistas. O movimento de paralisação de cerca de 250 operários durou menos de 24 horas e foi intermediado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil Pesada (Sintiespav), Nivaldo da Silva Moreira.

“O assunto foi resolvido com final feliz”, afirmou o presidente do Sintiespav, ao informar que os trabalhadores voltaram às atividades por volta de 9h da manhã. A assessoria de imprensa da Arauco, através de nota, confirmou que o movimento, iniciado na manhã de ontem, foi encerrado de forma pacífica.

Quase 300 homens trabalham nas obras do Residencial Onça Pintada, que está sendo construído na rodovia MS-320, distante 5 km do centro de Inocência, para abrigar trabalhadores do Projeto Sucuriú, desenvolvido pela empresa chilena Arauco, que está construindo no município uma das maiores fábricas de celulose do mundo.

O sindicalista enumerou que, com o acordo, os trabalhadores da Opus terão direito a garantias que não estavam sendo oferecidas, como: pagamento de 70% de acréscimo nas horas extras; pagamento antecipado de auxílios para facilitar o retorno temporário dos trabalhadores às suas famílias, quando tiverem oportunidade de passar um tempo prolongado com a família.

Os operários estavam insatisfeitos com os intervalos dessa pausa. Até então, a Opus estava oferecendo o intervalo a cada 90 dias. Com o acordo, cada trabalhador terá direito a essa folga para visitar a família a cada 60 dias, informou Nivaldo Moreira.

Para o presidente do sindicato, o diálogo entre a Opus e os trabalhadores foi fundamental para o acordo, que garante a continuidade das obras de construção de alojamentos que receberão, até o próximo ano, cerca de 14 mil trabalhadores, quando o Projeto Sucuriú estiver no pico das obras de construção da fábrica de celulose.

Na manhã de quarta-feira (4), um grupo de aproximadamente 250 homens cruzou os braços em protesto contra a falta de garantias trabalhistas. Os trabalhadores da Opus não estariam recebendo os mesmos direitos que os operários de outras empresas que atuam na obra e que são ligados ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil Pesada.

A entidade sindical, com sede em Três Lagoas, abrange como base sindical os onze municípios da região Leste de Mato Grosso do Sul. Em nota, a empresa Opus Construtech assinalou que o episódio foi tratado com transparência e responsabilidade, garantindo segurança e bem-estar das equipes.