O Ministério Público, por meio da promotora da Infância e Juventude, realiza na próxima quinta-feira (2) uma audiência com o Sindicato dos Servidores em Gestão de Medidas Sócio-Educativa, que representa os servidores que atuam nas Uneis (Unidades Educacionais de Internação).
O encontro vai discutir medidas cautelares de segurança e o problema da superlotação, com atenção especial a Unei provisória instalada na antiga Colônia Penal Agrícola, na saída para Sidrolândia.
Desde a semana passada, os menores infratores estão bastante agitados, causando estragos ao prédio e criando um clima de tensão entre os servidores.
“Ninguém tem coragem de tirá-los para o banho de sol ou desenvolver as atividades. É um suicídio entrar sem a tonfa”, esclarece Estela Franco, presidente do Sindicato.
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Na semana passada, a promotora da Infância e Juventude Vera Aparecida Cardoso Bogalho Frost Vieira visitou a Unei provisória e determinou o recolhimento das tonfas, uma espécie de cacetete que os servidores utilizam para conter agitação e motins.
“Hoje pela manhã nem a PM [Polícia Militar] quis entrar. Os adolescentes estão muito nervosos, difíceis de conter. É complicado você depender de força policial para realizar seu trabalho”, complementa Estela.
Os 80 adolescentes que estão na antiga CPA foram transferidos da Unei Dom Bosco, na saída para Três Lagoas, interditada pelo juiz Danilo Burin para reformas.
À época da interdição, o juiz declarou que a Unei estava “podre”. Vários adolescentes foram flagrados com problemas de saúde e utilizando água do vaso sanitário para higiene.
