O Policiamento Ciclístico deverá ser retomado na próxima semana, em Três Lagoas. De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar (2º BPM), o tenente-coronel, Washington Geraldo de Oliveira, o policiamento será relançado a partir de segunda-feira (10), uma média de três a quatro policiais militares estarão atuando na área comercial e na Lagoa Maior. O número ainda não é o esperado, mas deve aumentar, caso haja um novo curso de formação neste ano, como está previsto. “Ainda sofremos com o mesmo motivo que fez com que o policiamento ciclístico fosse desativado no ano passado, a falta de efetivo. Mas conseguimos montar esta equipe para intensificar a ação de presença da PM”, disse.
Para o comandante, o número de policiais de bicicletas equivale ao total de quatro duplas de policiamento a pé; o suficiente para manter a segurança nas áreas priorizadas. “A nossa intenção é mantê-los na área central no período de maior movimento, como o matutino e enviá-los para a região da Lagoa Maior no início da noite, quando muitas pessoas utilizam a área para atividades físicas”, destacou.
A priorização da Lagoa Maior faz parte de uma medida preventiva da PM e também irá “economizar” uma viatura. Hoje, a segurança naquela região é feita por uma viatura. Com a retomada do policiamento ciclístico, o comando espera que a equipe motorizada seja liberada para atender o restante da Cidade. “A medida também visa não permitir que a violência volte a aumentar na Lagoa Maior, como já aconteceu no passado”.
Além do trabalho ostensivo e preventivo, o grupo também deverá atuar na fiscalização do trânsito. Geraldo explicou que as bicicletas são as mesmas, doadas no ano de 2005 e que permanecem em bom estado. Já os uniformes tiveram de ser encomendados, mas chegaram no 2º BPM na terça-feira (4).
Desde que lançado, há quatro anos, quando o governo estadual realizou a entrega de oito bicicletas para a Polícia Militar de Três Lagoas, o policiamento já registrou ao menos três tentativas de implantação, poucas delas ultrapassaram 12 meses de funcionamento.
Os problemas começaram assim que o projeto foi lançado. As bicicletas chegaram a Três Lagoas em 2005, mas o policiamento foi colocado em prática apenas em 2006. Após este período, as bicicletas da PM permaneceram algum tempo nas ruas, mas logo tiveram de ser guardadas por falta de policiais para comporem as viaturas.
“Da última vez, eu que tive de desativar o tipo de policiamento. Tínhamos acabado de receber uma viatura nova e não tínhamos policiais para colocar nela. Foi quando pegamos os policiais das bicicletas e fechamos uma equipe”, explicou.
Entre os benefícios do policiamento ciclístico, o comandante destaca a forma viável de manter a segurança sem aumentar o consumo de combustível. Alternativas como esta, e a de policiamento a pé, já haviam sido anunciadas pelo secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, como formas de equilibrar o consumo de combustível da PM em todo o Estado.
Durante visita a Três Lagoas, no dia 27 de julho, para a entrega das obras da reforma da Unidade Educacional de Internação (Unei), o secretário reforçou que não há falta de combustível na polícia sul-mato-grossense, o que acontece hoje é o controle mais rigoroso sobre a utilização das cotas em todo o Estado. “Tanto que cada viatura possui o seu cartão de abastecimento, que fica com o comandante da guarnição. Em casos de necessidade, como em uma perseguição, por exemplo, o chefe da equipe tem autonomia para abastecer e justificar o abastecimento depois”.
Em relação à nova turma de policiais militares, prevista para ser lançada neste segundo semestre, o comandante da PM informou que ainda não recebeu nada oficial do Comando Geral.