A maioria dos moradores da capital mexicana disseram ser contra a medida, recentemente promulgada pelo governo local, que permitirá que casais de pessoas do mesmo sexo adotem crianças. De acordo com pesquisa promovida pelo conservador Partido Ação Nacional (PAN), 74% dos consultados não aprovam a ratificação da medida que permite a adoção.
Além desta, a outra modificação promovida pela maioria esquerdista da Assembleia Legislativa do Distrito Federal determina o reconhecimento da união entre homossexuais.
Com os dados, segundo informou o dirigente Cásar Nava, o PAN — partido do presidente Felipe Calderón — está preparando um recurso de inconstitucionalidade contra essa lei.
Nava explicou que, ao aprovar as mudanças, a bancada do Partido da Revolução Democrática (PRD) "ignorou os direitos das crianças"; ao mesmo tempo, ele enfatizou que sua oposição não tem caráter discriminatório.
Por outro lado, a mesma pesquisa aponta que, apesar de se dizerem contra a adoção, os mexicanos se mostraram divididos quanto à união — enquanto 47% disseram ser contra, 46% afirmaram apoiar os casamentos. A consulta, da GEA-ISA, ouviu 1.800 pessoas.
As alterações legais foram publicadas no último mês no Diário Oficial da capital mexicana e devem entrar em vigor até o próximo mês. O novo Código Civil estabelece que o conceito de casamento é "a união livre entre duas pessoas". Antes, era usada a definição de "união livre entre um homem e uma mulher".