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FÁBRICA DE TALENTOS

Agronegócio abre vagas com exigência baixa e chance de efetivação em MS

Funções operacionais concentram contratações

Maioria das vagas não exige experiência prévia (Foto: Reprodução/ Aprosoja-MS)
Maioria das vagas não exige experiência prévia (Foto: Reprodução/ Aprosoja-MS)

Empresas e cooperativas do agronegócio passaram a contratar trabalhadores com escolaridade básica no início da safra de soja em Mato Grosso do Sul. As vagas temporárias são um diferencial para o início do ano. Esta ainda pode ser uma oportunidade para pessoas sem experiência, o que facilita a entrada de jovens e pessoas em busca de colocação no mercado de trabalho.

“É um momento muito favorável para quem quer trabalhar. A safra cria oportunidades reais, principalmente para quem não tem experiência ou está tentando voltar ao mercado”, afirma Neusa Maria Kunzler, business partner regional, em entrevista ao programa Fábrica de Talentos.

As contratações se concentram em funções operacionais ligadas à colheita, armazenagem e logística da produção. Entre os cargos mais comuns estão auxiliar de colheita, auxiliar de serviços gerais, classificador de grãos, balanceiro e encarregado operacional. Uma das funções com maior volume de vagas é a de auxiliar de serviços operacionais.

Segundo Neusa, a função é voltada ao apoio nas atividades do dia a dia das unidades de recebimento de grãos. “É uma vaga temporária para a safra, mas que pode abrir portas para efetivação e construção de carreira dentro da empresa”, diz.

A flexibilidade aparece também nos critérios de contratação. Em geral, é exigido apenas ensino fundamental completo, além de disponibilidade de horários, especialmente entre fevereiro e a primeira quinzena de março, período de pico da colheita. “Não é necessário ter experiência. Se tiver, é um diferencial, mas não é uma exigência”, explica.

Outro ponto destacado é o investimento em treinamento. Empresas do setor costumam capacitar os temporários para garantir segurança e produtividade. “O trabalhador entra e recebe orientação para executar a atividade com segurança. Isso conta muito na avaliação durante a safra”, afirma Neusa.

Especialistas em empregabilidade avaliam que esse modelo mais flexível amplia o acesso ao mercado formal e ajuda a suprir a demanda intensa do período agrícola. Para muitos trabalhadores, a safra funciona como porta de entrada para o agronegócio, setor que segue como um dos principais geradores de emprego no Estado.

Com a economia sul-mato-grossense fortemente ligada à produção agrícola, a safra de soja mantém seu papel estratégico não apenas na geração de renda, mas também na absorção de mão de obra com diferentes perfis profissionais.

Acompanhe a entrevista completa: