Bioplastia: técnica deve ser usada apenas no rosto

Não há estudos sobre o comportamento do material injetado no procedimento a longo prazo.

Por isso, Conselho Federal de Medicina recomenda cautela e responsabilidade.

Corrigir imperfeições em um procedimento sem cortes e rápido é o que atrai a atenção de muitas mulheres e homens para a bioplastia, que ficou conhecida como a "plástica sem cortes". A técnica consiste na aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA), uma substância aceita biologicamente e que é utilizada em medicina desde 1950 em prótese de quadril. Posteriormente foi aplicada em lentes oculares e, recentemente, como implante estético.

O material pode ser injetado junto ao osso e moldado de acordo com o formato desejado. Porém, é necessário frisar que a orientação do Conselho Federal de Medicina é que o material seja utilizado em pequenas quantidades e próximo aos ossos. Um dos motivos desta orientação é que não há estudos sobre o comportamento da substância no corpo a longo prazo, principalmente em grandes volumes e intramuscular.

Uma busca rápida na internet mostra que diversas clínicas oferecem a bioplastia com uma maneira rápida, indolor e mais barata de atingir as formas desejadas. Desde o aumento dos glúteos, definição do contorno da panturrilha, destaque nos músculos peitorais e até mesmo aumento peniano, tudo muito rápido e sem a necessidade de internação. Esta banalização da bioplastia é considerada irresponsável pelo Conselho Federal de Medicina.