O Brasil bateu novamente recorde na criação de emprego no mês de abril, com a geração de 305.068 vagas com carteira assinada, mais que o dobro registrado no mesmo mês de 2009 – quando foram criados 106.205 postos. Com isso, sobe para 962.327 o total de empregos abertos no ano.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17) pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O resultado é considerado o segundo melhor para todos os meses – o recorde continua sendo junho de 2008, quando foram gerados 309 mil postos.
No mês, foram contratados 1,66 milhão de trabalhadores e demitidos 1,33 milhão. O aumento de vagas segue a tendência observada desde o início do ano, de recordes batidos todos os meses e o melhor trimestre da história, com a abertura de 657.259 vagas entre janeiro e março.
Com isso, o ministro revisa a estimativa de criação de vagas de emprego para 2010, de 2 milhões, para 2,5 milhões de vagas. Segundo Lupi, a revisão da meta é resultado da contenção no ano passado, em razão da crise financeira mundial.
Setores
O destaque principal do mês de abril para a criação de empregos foi novamente o de serviços, com a contratação de 96.583 no setor. Os setores de Indústria de Transformação, Comércio, Agricultura e Construção Civil também apresentaram desempenho positivo na criação de empregos em abril.
– O setor de serviços foi o que mais cresceu, o que mostra o maior poder aquisitivo do trabalhador brasileiro, pois ele está indo mais a médicos, usando mais serviços.
Regiões
O Estado de Minas Gerais puxou a criação de empregos, com a geração de 45.030 novos postos e Goiás foi o Estado que apresentou o maior crescimento percentual, com alta de 1,8%. Em valores absolutos, São Paulo continua na liderança, com a criação de 119.844 postos de trabalho. Apenas três Estados tiveram resultado negativo em abril: Alagoas, Pernambuco e Paraíba.
Previsão
De acordo com o ministro Carlos Lupi, o mês de maio deve registrar menos vagas que abril, com a perspectiva de geração entre 240 mil e 280 mil novos empregos.
– Na minha avaliação o mês de maio terá resultado menor do que o mês de abril, pois isso acontece todos os anos. Estávamos com defasagem muito grande na produção, que foi recuperada nos primeiros quatro meses do ano.