O município de Brasilândia está preparando o terreno, literalmente, para atrair indústrias. Na próxima segunda-feira, a pedra fundamental do Polo Industrial Arara Azul de Brasilândia. A área, situada no km 329 da BR-158, localizado próximo ao assentamento Porto João André, faz parte do projeto de desenvolvimento econômico iniciado no município.
Maracaju
Brasilândia prepara terreno para desenvolvimento industrial
Com uma área capaz de atender 150 indústrias, polo industrial será lançado na próxima semana
De acordo com o secretário da pasta, João Luiz Almeida Rosa,o primeiro Polo Industrial de Brasilândia conta com uma área total de 930,5m², capaz de se dividir em até 146 lotes comerciais de 315 m² cada. “Além dos terrenos comerciais, também teremos 44 lotes de reserva da prefeitura (215,5 m²), 113,4 m² destinados para a reserva florestal, exigência legal que precisa ser cumprida, e 10,5 m² para a instalação do Horto Municipal”, completou.
O objetivocom a instalação de uma área industrial é tornar o município mais atrativo à instalação de indústrias. Paralelamente à instalação da área para receber a indústrias, a administração municipal encaminhou à Câmara de Vereadores o projeto de lei de incentivo fiscal. “Nosso principal foco é conseguir trazer indústrias que forneçam para âncoras como a Fibria, a Eldorado e a Petrobras [fábrica de fertilizantes nitrogenados], que estão em Três Lagoas, mas influenciam em Brasilândia, por conta da proximidade. Também existe a logística do município, próximo ao Estado de São Paulo, o que deverá ser um atrativo a mais. Queremos completar o parque industrial com indústrias e estamos saindo a campo para isto, para ajudar o desenvolvimento socioeconômico do município, sem esquecer, é claro, das preocupações com o meio ambiente”, destacou.
O trabalho de busca por empresas começou a render frutos. O secretário explicou que, atualmente, sete empresas estão em fase de conversação para instalar unidades fabris no município. “Por enquanto, não há nada definido porque essas empresas estão aguardando a aprovação da lei de incentivo fiscal. Quando aprovada é que teremos um posicionamento. Mas estamos trabalhando”.As empresas hoje em fase de conversação atuam nas áreas de metalurgia, comandos elétricos e eletrônicos e caldeireira.
Além da lei de incentivo fiscal, a instalação das empresas no município também precisarão do aval do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (Condema). O órgão é formado 12 pessoas, representantes do poder público e da cadeia social, que tem poder para definir a instalação, ou não, de uma indústria no município.
“Basicamente, esse grupo será corresponsável pelo sucesso ou fracasso pelo município”, brincou o secretário.
INFRAESTRUTURA
O secretário antecipou também que o município também deverá dotar o parque industrial de infraestrutura. Nesta semana, o prefeito de Brasilândia, Jorge Diogo, e o secretário de Finanças, Valdeíres Bento dos Santos, viajaram à Brasília (DF) em busca de recursos financeiros do governo federal. O projeto prevê obras de drenagem, iluminação e pavimentação asfáltica. “Acredito que [a prefeitura] tenha parte dos recursos, para começar a obra e o prefeito está mobilizado em busca de mais investimentos”, completou.
A solenidade de lançamento da pedra fundamental do Polo Industrial deverá contar com a presença da secretária Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. Na ocasião, também deverá ser inaugurada a Biblioteca do Sesi, instalada em pela Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems).