A Corregedoria-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afastou compulsoriamente das funções o escrivão Márcio Rodrigues da Silva, um dos presos da segunda fase da Operação Grilagem de Papel, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPMS), na semana passada. O afastamento foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (2), retroativo à data da prisão do servidor público ocorrida na última terça-feira (27/05).
O escrivão estava lotado na 1ª Delegacia de Polícia de Coxim e foi alvo do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga a expedição de certidões irregulares para regularização fundiária.
A publicação determina “o recolhimento da arma, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público destinados ao referido policial, além da suspensão de senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial, sistema SIGO, INFOSEG, suspensão de férias, caso tais medidas ainda não tenham sido adotadas“.
Na última quarta-feira, dia seguinte à prisão do servidor, o delegado-geral da Polícia Civil, Lupérsio Degerone Lúcio, retirou o cargo de confiança do escrivão como Chefe de Seção da Delegacia de Coxim.
A promoção funcional havia sido publicada na mesma data em que Márcio foi preso. No Portal da Transparência do governo estadual, o último salário pago ao servidor de carreira corresponde ao valor de R$ 14.353,36.
A Corregedoria reforçou que tomará as medidas administrativas cabíveis conforme avanço das investigações.
Até o fechamento desta reportagem, não conseguimos contato com a defesa do suspeito. O espaço permanece aberto para que ele possa informar sua versão sobre o caso.