Em decisão inédita, a administração de Barack Obama aprovou a pesquisa com células-tronco embrionárias para experimentos científicos. Pesquisadores serão financiados pelo governo dos EUA, sob uma nova política designada para expandir o apoio governamental para um dos mais promissores –e controversos– campos da pesquisa biomédica. As informações são da edição on-line do jornal "Washington Post" desta quarta-feira (2).
O Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) autorizou 11 linhas de produção de células pelos cientistas do Hospital Infantil de Boston e duas linhas criadas por pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York. Todas as células foram obtidas de embriões congelados, deixados por casais que procuraram tratamentos de infertilidade.
"É uma mudança real no panorama", disse o diretor do NIH, Francis Collins. "É o primeiro investimento no que virá a ser uma lista muito longa, que vai dar poder à comunidade científica para explorar o potencial da pesquisa com células-tronco embrionárias."
Ainda de acordo com o "Post", o movimento foi aclamado por todos os apoiadores da pesquisa como uma longa espera, um divisor de águas que finalmente permitirá que cientistas usem milhões de dólares arrecadados pelos impostos para estudar centenas de linhas de células-tronco –algo que foi limitado e restrito pelo antecessor de Obama, George W. Bush, cujo impedimento se sustentou sob o argumento moral.