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Eutanásia de cães com leishmaniose será debatida na Capital

Congresso de Medicina Veterinária reúne especialistas veterinários de diversos Estados do Brasil

A eutanásia de cães com leishmaniose será um dos temas do III Congresso de Medicina Veterinária, que será realizado em Campo Grande , na segunda-feira (17) e terça-feira (18). Esta é uma questão que tem gerado muita polêmica entre os profissionais da Medicina Veterinária de todo o País.

Especialistas de diversos Estados brasileiros participarão do Congresso na Universidade Católica Dom Bosco . O presidente da Sociedade Sul-mato-grossense de Médicos Veterinários, Acylino Marcondes Rezende Junior, afirma que os profissionais ficam em uma situação delicada, quando são procurados por donos de animais doentes que não aceitam submetê-los à eutanásia. "Nossa indicação, a menos que haja dúvida se o animal está infectado, é a eutanásia, mas quando a gente se confronta com uma situação em que o dono não quer sacrificar o cão temos que fazer alguma coisa, colocar coleira, ou direcionar tratamentos para proteger as pessoas que convivem com o animal", afirma.

 Os protocolos dos órgãos de saúde brasileiros determinam a eutanásia porque, embora o animal possa não desenvolver os sintomas, continua sendo um hospedeiro. O médico veterinário Mauro Lantzman (PUC-SP) vai falar no dia 18 de agosto sobre os limites da ciência e da ética no controle de zoonoses. Ele destaca que a situação é delicada porque de um lado está a ciência e de outro a relação afetiva dos donos com seus animais.

 O receio de ter o animal sacrificado muitas vezes acaba levando as pessoas a escondê-lo sem adotar cuidados para proteção, o que agrava o problema relacionado à saúde pública.