Cultivado após a colheita da cultura principal, entre os meses de fevereiro e abril, o milheto é utilizado em pastejo por um período de 40 a 60 dias. Durante este tempo, pode atingir uma produtividade de 2 a 5 arrobas de carne/ha e possibilita a vedação de parte das áreas de pastagens perenes da fazenda para uso no final da seca.
Estas medidas, além de aumentar a produtividade, podem ainda reduzir o ciclo da pecuária de corte. Milheto como rotação de cultura ou como segunda safra está sendo bastante utilizado pelas empresas que exploram a agropecuária. Intercalar o milheto com outras pastagens perenes resulta numa melhoria considerável na dieta dos animais.
Para recuperar as pastagens, normalmente, o milheto é semeado em consórcio com a braquiária durante a primavera ou início do período das águas. Essa prática proporcionará um tempo de pastejo que varia de 80 a 120 dias. Após o ciclo vegetativo do milheto, a pastagem estará formada ou recuperada.
O milheto é ainda uma excelente alternativa para produção de silagem, principalmente em regiões com problemas de veranico ou seca. Também é utilizada para o plantio tardio ou de safrinha. Nestas condições, pode alcançar produção superior ao sorgo, com melhor qualidade e também proporcionar boa cobertura do solo.
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Outra dica importante do produtor que tem rebanho leiteiro é a utilização do inoculante. "Se não usarmos este produto, a silagem fica com um cheiro de clostrídium, ou seja, o famoso chulé e o animal nem chega perto. Afinal, até para os animais o alimento tem que ter cheiro gostoso e boa palatabilidade", brinca.
