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Greve da Caixa completa 28 dias e caso é levado ao TST

A tentativa de conciliação é uma resposta ao pedido de liminar ingressado pela Caixa

Os rumos da greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) deverão ser definidos em uma audiência marcada para a manhã de hoje, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. A paralisação, desencadeada em todas as agências no mês passado, já completa 28 dias em agências do País, incluindo do Município.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Três Lagoas, Thelma Gomes Rocha Canisso, a tentativa de conciliação, que será realizada às 9 horas, é uma resposta ao pedido de liminar ingressado pela Caixa, na semana passada. “No dia 13 de outubro, a Caixa abandonou as negociações com a classe para ingressar com pedido de liminar alegando abuso no movimento grevista. Agora, uma audiência de conciliação foi marcada. Se não houver acordo, o caso vai para julgamento”, completou.

Thelma explicou que a medida acabou contribuindo para a prorrogação da paralisação. “Quando a Caixa recorreu ao TST, todas as negociações foram suspensas. Tivemos uma semana sem avanços, aguardando o agendamento da audiência. Neste tempo, poderíamos ter tido avanços”.

A greve dos bancários foi deflagrada em boa parte do território nacional no mês passado. A classe reivindicava maior reajuste salarial, na Participação nos Lucros e Resultado (PRL) e, em alguns casos, medidas específicas como contratação de funcionários e outros. Há duas semanas, aproximadamente, a greve foi suspensa em boa parte dos bancos do Brasil, após acordo firmado.
 
Nele, ficou decidido que a classe terá um reajuste salarial de 6% e aumento da PRL. Já nas negociações individuais, a categoria conseguiu avanços como a promessa de contratação de dez mil funcionários até 2011, por parte do Banco do Brasil.

No entanto, não houve acordo com a Caixa Econômica Federal. Com exceção do reajuste salarial, válido para todos os bancos, o banco não propôs o número de contratações e distribuição de lucros que satisfizessem a categoria. “Pela proposta, a PRL é inferior a do ano passado. Além disso, a classe também reivindica o aumento do piso salarial e isonomia dos direitos”, completou.

Ainda nesta quarta-feira (21), os bancários de Três Lagoas deverão se reunir em assembléia geral, que será realizada no início da tarde. A reunião visa discutir o que fora decidido na audiência do TST.

Atualmente, a greve atinge boa parte das agências da Caixa Econômica Federal (CEF) de Mato Grosso do Sul. Na região de atuação do Sindicato dos Bancários de Três Lagoas, são duas com atendimento suspenso há quase um mês. No Estado de São Paulo, que registrou um dos movimentos grevistas mais fortes do País, são 201 agências fechadas.