O índice de cheques sem fundos no país registrou no primeiro quadrimestre o menor nível em cinco anos, aponta pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta quarta-feira. No período, foram pouco mais de 7 milhões de cheques devolvidos, cerca de 1,91% do total. De janeiro a abril de 2005, o percentual havia sido de 1,78%.
Considerando apenas o mês passado, foram 92.682.719 cheques compensados e 1.727.348 devolvidos, uma inadimplência de 1,86%, patamar semelhante ao registrado nos primeiros dois meses do ano, quando o percentual de cheques devolvidos em relação aos compensados ficou em 1,85%. Em março, devido a fatores sazonais de aumento das despesas familiares (IPTU, IPVA e despesas escolares), o índice subiu para 2,04%.
Na comparação com o mesmo mês de 2009, quando a inadimplência ficou em 2,22%, também houve queda.
"O forte crescimento econômico está gerando evolução do emprego, sobretudo com carteira assinada, e da renda. As melhores condições orçamentárias do consumidor estimulam a regularização de suas pendências financeiras, incluindo as de cheques devolvidos por falta de fundos", afirma a Serasa, no estudo.
Além disso, a empresa diz que o consumidor pode ter preferido pagar logo seus cheques devolvidos, tendo em vista novas compras parceladas para o Dia das Mães, a Copa do Mundo e o Dia dos Namorados.
No segundo semestre, a Serasa aposta em algumas pressões na inadimplência com cheques, influenciada pelo aumento no endividamento do consumidor e a alta na taxa básica de juros, a Selic, em abril.
Estados
O Amapá segue líder do ranking de cheques devolvidos, com percentual de 10,97%, menor, porém, do que o registrado em março (13,95%).
Pelo terceiro mês consecutivo, São Paulo detém o menor índice (1,45%), com queda sobre a taxa (1,68%) contabilizada no mês anterior.