O Ministério da Educação (MEC) deve anunciar esta semana a nova data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A decisão será tomada depois de quatro reuniões a serem realizadas hoje (05) e amanhã (06). De acordo com o MEC, na quarta-feira (07), já será possível fechar o diagnóstico e apresentar os novos processos para realização do Enem.
Os estudantes inscritos serão comunicados oportunamente pelos meios habituais da confirmação da nova data e do local das provas. Hoje, técnicos do Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estão reunidos com os representantes do consórcio de empresas responsáveis pela realização do Enem, interrompida na madrugada do último sábado (3). Às 15h30, o ministro da Educação Fernando Haddad reúne-se com o Comitê de Governança do Enem 2009, que reúne reitores de Universidades e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, secretários estaduais e municipais de Educação, além de representantes do MEC.
Na terça-feira (6), o ministro reúne-se com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que traz os reitores das 55 universidades federais de todo o país. Depois, encontra-se com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para discutir o inquérito sobre o vazamento da prova e também para apresentar um mapeamento dos processos tomados para a prova adiada e pedir a colaboração do serviço de inteligência da Polícia Federal para o novo Exame.
Questão de honra – “O país foi vítima de um ato de delinquência que prejudicou toda a sociedade – estudantes, universidades, governo”, afirmou o ministro. Ele reiterou ainda que “é lamentável que um ato delinquente tenha colocado em risco uma conquista de toda a sociedade para a democratização do ensino superior, como é reconhecido o Enem”.
O ministro da Educação elogiou o trabalho da Polícia Federal. “Temos uma polícia eficiente, que em cerca de 48 horas conseguiu chegar aos responsáveis pelo crime”. O delegado responsável pelas investigações informou ao ministro que a investigação está extremamente avançada. “Chegar aos responsáveis era uma questão de honra”, concluiu o ministro.