Os governadores de Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso receberam o apoio do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para a solicitação de mais recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
Durante a reunião desta quarta-feira (5), os governadores André Puccinelli (MS), Alcides Rodrigues (GO), José Roberto Arruda (DF) e o vice-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, representando o governador Blairo Maggi, solicitaram R$ 2 bilhões ao ministério, de modo a atender todos os projetos de investimentos pretendidos.
Com a dinamização, temos solicitações de mais de R$ 1,360 bilhão em empréstimo. Queremos R$ 2 bilhões de aporte, para que todos os projetos alocados possam ser financiados”, anunciou André pela manhã, em Campo Grande.
De acordo com o MI, os governadores apresentaram relatórios gerenciais do FCO, indicando que o orçamento de 2009 é insuficiente. O valor pretendido pelos estados do Centro-Oeste poderia ser obtido em recursos do Tesouro Nacional ou por repasse de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mediante a possibilidade de equalização de juros com os praticados no FCO, entre 5% e 10% ao ano.
Outra alteração no FCO solicitada pelos chefes dos executivos estaduais é a mudança de teto financiável. Atualmente, o teto está em R$ 100 milhões por grupo econômico, sendo que anteriormente era de R$ 40 milhões. “Queremos reduzir isso ao menos pela metade, para dar mais dinheiro a mais investidores, termos mais indústrias, mais empregos”, explica Puccinelli.
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Com a redução, espera-se que mais investidores possam captar os recursos, disponibilizando valores individuais menores, para evitar concentração e proporcionar diversificação dos empréstimos e da atividade econômica.
Geddel Vieira Lima explicou que a intervenção pretendida no FCO necessita de parceria com outros ministérios e também da presidência da república. Apoiando a solicitação, o ministro comprometeu-se a buscar alternativas, tanto que irá agendar reunião conjunta dos governadores com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, possivelmente na próxima quarta-feira.
O objetivo do FCO é contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste, mediante financiamentos direcionados às atividades produtivas, voltados aos setores econômicos industrial, agroindustrial, agropecuário, mineral, turístico, comercial e de serviços.
A administração é feita pelo Ministério da Integração Nacional, pelo Banco do Brasil – como agente financeiro – e pelo Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Condel/FCO).
