O presídio de Amambai recebeu as ações do Mutirão Carcerário, do Tribunal de Justiça, na última semana. Segundo o diretor do presídio, Alexandre Ferreira de Souza, o mutirão, que aconteceu entre os dias 24 e 26, fez a reavaliação de algumas penas dos presos da unidade, o que beneficiou 53 detentos do presídio.
De acordo com Alexandre, com a revisão da pena, 42 detentos saíram do regime fechado, seis passaram do regime semiaberto para a condicional e cinco presos saíram do regime semiaberto para o regime aberto. O diretor explica que hoje a unidade conta com 121 detentos do sexo masculino e 11 mulheres no regime fechado. No semiaberto, o presídio de Amambai tem 59 presos e 11 no regime aberto.
“Ações como esta do Mutirão Carcerário são sempre bem-vindas no presídio. Até porque os internos agradecem e ficam felizes em ter as sentenças revisadas”, afirma Alexandre. O presídio de Amambai foi o primeiro a receber o mutirão neste ano, depois a ação deve acontecer em Aquidauana e Cassilândia.
Ressocialização
Segundo o diretor da unidade, o trabalho de ressocialização realizado com os internos em Amambai foi elogiado pela equipe do mutirão. “O presídio desenvolve várias atividades voltadas à ressocialização dos presos, como aulas, trabalho na remanufatura de crinas e produção de fraldas para doação, ações alvo de elogios da equipe”, afirma Alexandre.
Todos os internos da unidade de Amambai utilizam uniformes e do total de presos, 50 participam de alguma atividade de trabalho e outros 32 participam das aulas na escola polo do presídio. “Só prender, trancar não resolve. É preciso dar estudo, trabalho para eles e possibilitar a ressocialização”, argumenta.
Com a produção de fraldas, os presos beneficiam entidades assistencialistas do município. “A produção é de aproximadamente duas mil fraldas por mês. Todas elas são doadas para entidades que precisam do material”, explica. O projeto “De mãos dadas” é uma iniciativa da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Rotary Club do município e o Conselho da Comunidade do Poder Judiciário.
Pelo trabalho na produção de fraldas, os presos recebem um dia de redução na pena a cada três trabalhados,. Aqueles empregados na remanufatura de crinas recebem salários e redução da pena.