Pelo menos 246 pessoas morreram, incluindo 73 menores de idade, nos últimos cinco dias em Alepo, Norte da Síria, em ataques aéreos das forças do regime de Damasco, informou hoje o bservatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Entre as vítimas estão 24 mulheres e 11 combatentes das forças de oposição.
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Pelo menos 246 morrem em cinco dias de bombardeios em Alepo, na Síria
Segundo a organização não-governamental, as vítimas morreram em ataques realizados por helicópteros militares do regime sírio, que lançaram barris com explosivos sobre vários bairros da zona leste da cidade.
O OSDH acrescentou que os bombardeios deixaram centenas de feridos. Além disso, milhares de pessoas fugiram para outras zonas de Alepo. A organização responsabilizou o general de brigada Suleil Hasan, que dirige as operações militares do regime em Alepo, pelos ataques.
O observatório apelou à comunidade internacional para intervir de imediato e impedir os ataques. Pediu também à Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navy Pillay, que reúna informações sobre os bombardeios e entregue à Justiça o general Suleil Hasan e os executores destes ataques.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, condenou esta semana a utilização de barris com explosivos contra a população civil de Alepo, admitindo na mesma ocasião que estas manobras podem comprometer gravemente as negociações de paz.
O uso deste tipo de bombas incendiárias é “o último ato de barbárie de um regime que está cometendo tortura em grande escala, que usou armas químicas e que está matando de fome comunidades inteiras, ao bloquear o envio de alimentos para os civis sírios”, sublinhou Kerry, num comunicado.
Em finais de julho de 2012, Alepo foi alvo de uma grande ofensiva das forças rebeldes sírias, que continuaram a exercer pressão em operações posteriores. Apesar de dominarem grandes áreas da cidade, os rebeldes sírios não controlam a totalidade de Alepo.
O conflito na Síria prolonga-se desde março de 2011 e, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, já fez 136 mil mortos.