Representantes do governo e de entidades ligadas à agricultura, que integram o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, debatem hoje (25) a primeira versão do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, voltado para a agricultura familiar. As discussões terminam no fim da tarde. A expectativa é que a versão final do plano seja apresentada ainda este semestre.
Oportunidade
Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável deve ficar pronto neste semestre
As 100 propostas aprovadas na 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, em 2013, serviram de base para a elaboração do documento que visa a assegurar o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Brasil rural, fortalecer a agricultura familiar e a agroecologia, democratizar o acesso à terra e aos recursos naturais, consolidar as políticas de reforma agrária e regularização fundiária, além de promover a autonomia econômica das trabalhadoras rurais.
O público-alvo do plano são agricultores familiares, assentados da reforma agrária, extrativistas, povos indígenas e quilombolas, mulheres e jovens do campo.
Segundo o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, o plano será uma referência para orientar as políticas voltadas à agricultura familiar. “Este plano tem o objetivo de dar as diretrizes com metas e estratégias claras para o desenvolvimento rural brasileiro nos próximos anos. Queremos um Brasil rural desenvolvido, gerando emprego, com sustentabilidade ambiental e igualdade de direitos.”
Para o coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, Marcos Rochinski, o plano permite também fazer um planejamento das ações de médio e longo prazo. “Um dos principais aspectos do plano é conseguir enxergar as especificidades que temos no Brasil rural, com os diversos biomas e as diferenças regionais. Ainda há um gargalo de acesso às políticas públicas pelas populações mais empobrecidas.”
A secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Alessandra Lunas, lembrou a importância de se concretizar o plano no Ano Internacional da Agricultura Familiar, instituido pela Organização das Nações Unidas para 2014. “A assistência técnica é a grande prioridade para as mulheres do campo por meio de políticas específicas.”