A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) informou ontem (19) que 70% dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF) paralisaram seus trabalhos, em 18 Estados, incluindo Mato Grosso do Sul. A paralisação de 24 horas tem o objetivo de pressionar o governo para uma restruturação das carreiras da Polícia Federal.
Na Delegacia da Polícia Federal em Três Lagoas funcionou tão somente o plantão para o atendimento e lavratura de flagrantes, no caso de ocorrência de algum crime, sob jurisdição da PF.
Em São Paulo, as atividades da superintendência e das delegacias também pararam. Nos aeroportos, os policiais federais mantiveram durante todo o dia a chamada operação padrão.
Segundo o folheto veiculado pelo Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul (SINPEF-MS), de 2002 a 2009, o índice acumulado de correção salarial dos servidores ficou em 83,3%, enquanto que de outros servidores como os da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) chegou a 552,2%.
No folheto, dirigido à população, o SINPEF-MS destaca “a importância da Polícia Federal” para a sociedade, aferido em pesquisas nacionais. Segundo o órgão representativo da categoria de servidores federais, “é essencial, porém, que essa valorização esteja também expressa numa remuneração condizente com a complexidade das nossas atividades e com a importância do papel que desempenhamos para o Estado e para a sociedade”.