Credibilidade dos responsáveis pelo site, fluxo intenso de internautas e vulnerabilidade das páginas. Esses são os três pilares que atraem cada vez mais pragas virtuais para dentro das redes de relacionamento da internet, de acordo com a empresa de segurança on-line Symantec.
"Acontece de um site colocar uma propaganda falsa, que leva a uma página criminosa. Em muitos sites, esse processo de propaganda é automatizado. Não se mantêm atualizações constantes –eles passam muitos dias sem correção, o que é explorado como brecha", indica o diretor de engenha da Symantec para a América Latina, Paulo Vendramini. "Existe uma pressão para que esses sites mantenham correções contínuas".
Segundo a empresa, os aplicativos de redes sociais também devem ser um alvo de criminosos.
Disseminação
A propagação das pragas virtuais ocorre também por URLs curtas (tipo de serviço que reduz o tamanho do link original, mas abriga uma página desconhecida), o já tradicional spam (que representaram 95% das mensagens em 2009) e o malware "de nicho" (voltado especificamente para sistemas bancários ou smartphones, por exemplo), segundo a análise da Symantec.
Outra tendência são os softwares de segurança falsos –em 2009, a companhia detectou 43 milhões de tentativas de instalações. Nesse caso, os ganhos de criminosos podem chegar a US$ 23 mil por semana. "Uma das táticas utilizadas é pagar para que pessoas vendam esses softwares falsos. Então muita gente comercializa pela recompensa", diz Vendramini.
Geralmente, os softwares de segurança falsos são desenhados de forma semelhante aos originais –a sofisticação é tanta que os programas apócrifos incluem pacotes de atualização de segurança. Uma vez instalado no computador, o aplicativo falso pode sequestrar dados em troca de resgate, coagindo a reputação do usuário.
Além de um pacote de segurança, as dicas dadas pelos profissionais para proteção contra ameaças são a mudança periódica de senha, atualização de pacotes de segurança, não abrir e-mails ou anexos suspeitos, fazer o back-up das informações e se manter informado acerca das últimas ameaças.