Na quinta-feira (18), a Vara da Infância e Juventude e a Promotoria de Justiça da Curadoria dos Direitos da Criança e do Adolescente lançarão o Projeto Padrinho, em Três Lagoas. A solenidade está programada para as 15 horas, no Tribunal do Júri, Fórum, e marca o início da ação que pretende aproximar crianças e adolescentes abrigados e aqueles com disposição para ajudar.
Implantado em Campo Grande em 2000, pela juíza Maria Isabel Matos Rocha, da Vara da Infância e da Juventude, como programa de solidariedade e apoio às crianças e adolescentes abrigados, o Projeto Padrinho vem sendo discutido na Cidade desde o ano passado. Em novembro de 2009, a coordenação do projeto realizou uma capacitação de funcionárias da Vara da Infância para atuar.
A ação nasceu de uma necessidade encontrada pela Vara da Infância de Campo Grande
em proporcionar às crianças que não tinham chance de adoção a oportunidade de ter convívio social e apoio familiar. O programa é baseado em uma triste realidade nos abrigos brasileiros: quanto maior for a idade da criança, menor a chance de ela ser adotada. Em contrapartida, o Projeto Padrinho também auxilia aquelas pessoas sem disposição de adotar uma criança, mas que têm interesse em ajudar.
As modalidades de ajuda estão distribuídas em padrinho afetivo (usa o tempo livro para ficar com a criança); financeiro (disponibiliza ajuda mensal, ou o custeio de cursos ao afilhado), família acolhedora (toda a família é envolvida no processo e a criança mora provisoriamente na casa), prestador de serviços (profissionais como médicos, dentistas que prestam atendimento gratuito dos abrigados) e empresa madrinha (empresário que proporciona o primeiro emprego, por exemplo).
A expectativa é que, assim que lançado oficialmente, também comece o processo de inscrição dos interessados. A seleção é criteriosa. Os candidatos à padrinhos deverão passar por uma triagem – envolvendo checagem de dados e psicólogos – antes de estabelecer relação com o abrigado: a primeira característica crucial é o desprendimento.
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