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Viagens internacionais exigem cuidados com a saúde

As doenças transmitidas por mosquitos, como malária, dengue, febre amarela e febre do Nilo Ocidental, também são preocupantes

De acordo com a Polícia Federal, mais de 3,5 milhões de brasileiros saíram do país em 2009. Para garantir a saúde dessas pessoas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) trabalha com a orientação de viajantes internacionais.

“Os cuidados com saúde devem fazer parte do planejamento de viagem, por isso disponibilizamos informações sobre medidas preventivas e exigências sanitárias a que o viajante deve estar atento”, afirma a gerente de Orientação e Controle Sanitário de Viajantes da Anvisa, Karla Baeta.  Essas informações estão disponíveis, na internet, no Sistema de Informações de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (Sispafra) da Agência.

O sistema apresenta os principais problemas de saúde da localidade de destino e medidas recomendadas para áreas afetadas por emergência de saúde pública de importância internacional. “O tempo médio para o viajante obter todas essas informações e realizar uma viagem mais segura é de apenas dez minutos”, diz Karla.

Para a representante da Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem (SBMV) Melissa Mascheretti, é necessário que o viajante conheça os riscos da localidade para onde está indo e adote medidas de prevenção. “Boa parte das doenças que acometem viajantes podem ser prevenidas, não só por meio de vacinas, mas também por mudanças de hábitos”, explica a médica infectologista.

Segundo a representante da SBMV, as principais enfermidades infecciosas registradas em viagens são diarréias e doenças febris. Por isso, há necessidade de cuidados com a alimentação. “Os viajantes devem evitar alimentos crus e água não tratada”, complementa Melissa.

As doenças transmitidas por mosquitos, como malária, dengue, febre amarela e febre do Nilo Ocidental, também são preocupantes. Quando o viajante estiver em áreas com risco de transmissão destas doenças, recomenda-se a utilização de repelentes nas partes mais expostas do corpo, de acordo com as indicações do fabricante.

CIVP

Atualmente, a única vacina exigida para viagens internacionais é a contra febre amarela. O documento que comprova a vacinação é o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). “Alguns países podem, inclusive, exigir o certificado para a entrada de viajantes”, afirma Karla Baeta, gerente da Anvisa.

O CIVP é emitido nos centros de orientação ao viajante da Anvisa, que funcionam nos portos, aeroportos e fronteiras. “Para isso, é necessário que o viajante se vacine no mínimo dez dias antes da data da viagem e observe se o seu cartão de vacina está completamente preenchido e sem rasuras”, orienta Karla. A vacina tem validade de dez anos e deve ser novamente administrada até o final desse período.