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Editorial

A prosperidade de uma cidade

Confira o Editorial deste sábado (22), do Jornal do Povo

Confira o Editorial deste sábado (22), do Jornal do Povo - Arquivo/ RCN67
Confira o Editorial deste sábado (22), do Jornal do Povo - Arquivo/ RCN67

Três Lagoas inquestionavelmente é uma cidade próspera que se desenvolve como poucas neste país. Por conta das indústrias de celulose e papel aqui instaladas, assim como de outras de médio porte que se encontram instaladas no distrito industrial, todos esses empreendimentos atraem capital e asseguram geração de emprego e renda. Poder-se-ia dizer que somos um oásis de oportunidades diante do atual quadro econômico.

Não é por acaso que a cidade abriga pessoas para trabalhar vindas das mais diversas regiões do Brasil, as quais chegam e decidem aqui fixar definitivamente suas residências, porque aqui encontram todas as condições para moradia digna, além de um sistema de saúde bem estruturado, boas escolas, instituições de ensino superior e universidade para educar seus filhos, assim como boa infraestrutura urbana, que a própria cidade apresenta.

Obras de saneamento básico, captação de esgoto e águas pluviais são providências desafiadoras que estão sendo vencidas com a implantação de estações de tratamento de esgoto e redes de captação de águas de chuvas. A cidade contabiliza na atualidade 83 obras de relevância, as quais vão desde sistemas de macrodrenagem a recapeamento e implantação de novas vias asfaltadas, além de abertura de ruas e avenidas e melhoria de vias de acesso a diversos bairros. No setor educacional escolas e creches também estão sendo construídas, assim como quadras poliesportivas.

Recentemente inaugurou-se o hospital regional que gradativamente vai sendo aparelhado como foi nesta semana com a instalação de equipamentos de ressonância magnética e tomografia, ampliando o leque de atendimento da saúde pública. Também, há de se registrar a duplicação da via de acesso ao balneário municipal, assim como o início da construção de dois viadutos do sistema do contorno rodoviário, que irá tirar da avenida Ranulpho Marques Leal o trânsito pesado que demanda a BR 262. Esse volume de obras decorre da excelente arrecadação do município que deve apresentar ao término de exercício fiscal de 2022 e segundo previsão um saldo de R$ 1 bilhão de reais.

Três Lagoas entre receita própria e as constitucionais oriundas do Estado e da União contabiliza comparativamente mais de R$ 2 milhões de arrecadação, diariamente em seus cofres. Se projetarmos Três Lagoas para os próximos cinco anos, seremos uma cidade bem estruturada desde que a política de governo esteja voltada para a execução permanente de programas sociais focados na construção de moradias populares, aliás, há muitos anos não se constrói novas moradias para abrigar uma legião de famílias sem teto, assim como se impõe o incremento de políticas assistenciais para os menos favorecidos.

Educação e saúde certamente, deverão ser o foco permanente na busca pela melhoria e alcance de níveis de excelência na qualificação das pessoas, pois hoje há grande deficiência para suprir a demanda de inumeráveis setores da atividade, os quais buscam colaboradores qualificados para o desenvolvimento de suas atividades.

Mato Grosso do Sul dispõe de mais de 20 mil vagas de emprego em aberto por conta da falta de mão obra qualificada. Mas, para que essa prosperidade seja contínua impõe-se colocar em prática uma política permanente de atração de indústria, pois se analisarmos o transcurso do tempo, constatar-se-á que há um bom tempo não se anuncia a instalação de novas indústrias no município. Aliás, vimos fechar pela Pepsico – antiga fábrica da Mabel, que empregava diretamente seiscentas pessoas.

Portanto, a atração de indústrias deve ser preocupação permanentemente da administração municipal em sintonia com a política de incentivos fiscais, inclusive com as do governo do Estado. Portanto, se queremos continuar prósperos temos que ter um plano municipal bem concebido, porque, doravante, a nossa luta não será fácil já que não teremos representação parlamentar em nenhuma das esferas da República.