Uma dívida no município de Selvíria, este teria sido o motivo que levou Rony Alysson, 18 anos , realizar o sequestro relâmpago que mobilizou a polícia três-lagoense e de Selvíria nesta semana.
Segundo o acusado, ele e o adolescente, ambos de Selvíria, se conheciam há pouco tempo e vieram para Três Lagoas com a intenção de realizar um assalto. “Foi decidido na hora. Não foi premeditado. Íamos realizar um assalto, não sabia que ia terminar desta forma”, alegou.
À Imprensa, Alysson contou que o preço do resgate seria utilizado para quitar dívidas. Ele citou duas: R$ 700 em uma loja e R$ 700 no banco. Durante o sequestro, a dupla exigiu R$ 5 mil.
O suspeito disse que tentou levar as vítimas para uma área afastada da Cidade para facilitar na fuga. “A gente queria ir até a saída da Cidade. Ia soltar os dois e conseguir fugir”, disse. Alysson confirmou que o objetivo dele era chegar ao município de Governador Valadares (SP), onde nasceu. Porém,o rapaz teve de abandonar a coletiva devido a um mal estar.
Segundo o delegado Eraldo de Azevedo Coelho, Alysson permanece preso na 1ª Delegacia de Polícia até a conclusão das oitivas e depois seguirá para a Penitenciária de Segurança Média. Ele foi preso por força de um mandado de prisão preventiva, expedido pela Comarca de Três Lagoas na manhã após o crime.
A prisão aconteceu após troca de informações com a Polícia Civil de Selvíria. “Passamos a madrugada inteira daquele dia envolvidos com o flagrante do adolescente, apreendido pela Polícia Militar após o término do sequestro. Nisto, entramos em contato com a Polícia Civil de Selvíria, que conseguiu encontrar o suspeito já na rodoviária de Ilha Solteira (SP)”, disse.
O adolescente foi baleado na tentativa de fuga. Ele chegou a ser levado ao hospital Nossa Senhora Auxiliadora, mas já se encontra na carceragem da 1ª DP, onde permanecerá à disposição do Ministério Público Estadual. Segundo o delegado, já foi solicitada vaga para o adolescente infrator em unidades educacionais de internação do Estado –a Unei “Tia Nega” está interditada -, porém não descarta a possibilidade de o jovem ser internado na Cidade. “Em casos extremos, pode ser que o garoto seja internadoaqui . Mas isto será decidido pelo MPE e pela Justiça, não cabe a nós [polícia]”, explicou Coelho. O garoto foi apresentado ontem ao Ministério Publico Estadual.
Para o delegado, o caso chama a atenção pelos requintes de crueldade dos autores. “A menina foi ameaçada de morte constantemente pelos autores, que ficaram com uma faca no pescoço dela à todo tempo”.
A estudante universitária chegou a informar que suspeitava que os dois acusados teriam feito uma “investigação prévia” da vida dela antes do crime. Porém, o delegado afirma que a possibilidade ainda será investigada. “O mais comum nestes casos é de escolhas aleatórias das vítimas, mas vamos investigar todos os detalhes”, completou
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