Pouco mais das 11h30 desta segunda-feira (2) dois presidiários tentaram fugir. Como não conseguiram fizeram alguns reféns com uma pistola 635 na ala da saúde. A Agência Penitenciária Estadual (Agepen) reconhece que houve uma falha grave no sistema de segurança.
A arma usada durante a tentativa de fuga foi uma pistola 635 que a Agepen não soube explicar como foi parar nas mãos do detento Carlos Henrique da Silva. A principal desconfiança é de que tenha sido através de uma visita.
“Há no presídio cerca de 1700 internos e isso gera em média de 600 a 700 visitas nov domingo. A arma apreendida é pequena e fácil de ser montada. Uma das hipóteses é que tenha entrado por partes”, declara Deusdete de Oliveira, diretor presidente Agepen que ainda assumiu a falha do sistema e garantiu a investigação sobre a arma apreendida dentro no presídio.
Mesmo com a tentativa de fuga, a Agepen disse que não vai suspender as visitas no complexo penitenciário.
Carlos Henrique da Silva, também conhecido como “Danoninho”, detento que estava armado e Adilson Pereira, o companheiro de fuga foram encaminhados ao 3º Departamento de Polícia.
Outros três homens foram presos do lado de fora do presídio. Há uma suspeita de que eles poderiam ajudar na tentativa de fuga. Com eles foram apreendidos um revólver calibre 38 e dois carros.
Ainda segundo Deusdete, "Carlos Henrique assumiu integralmente a culpa, como sendo dele a culpa. Foi um fato isolado. Também questionamos aos internos se alguém foi solidário ao caso e ouve uma negativa. Tanto que eles foram recolhidos".
Ele foi um dos líderes da rebelião feita no dia das mães dentro do complexo penitenciário de campo grande, em 2006. Depois deste fato, Carlos foi levado para o presídio federal de Catanduvas (PR) onde esteve por mais de um ano. Sua pena resulta em mais de setenta anos de prisão. O último crime foi latrocínio, roubo seguido de morte, e agora terá mais um item na ficha, porte ilegal de arma.