Balas, doces, chicletes, refrigerantes, salgadinhos embalados e frituras são os ‘queridinhos’ na hora do recreio. As cantinas oferecem inúmeras opções e as escolhas dificilmente são por alimentos nutritivos e saudáveis. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a população de obesos já é maior do que a população de magros. Segundo o pediatra, José Augusto Guerra, antigamente o problema era a desnutrição e hoje o que preocupa é epidemia que parece estar invertida. A quantidade de ‘gordinhos’ sobrepõe a dos ‘magrinhos’.
Há aproximadamente quatro anos, o então vereador Guerra, propôs na Câmara Municipal uma medida que alterava a venda de produtos gordurosos e substituía por alimentos mais nutritivos. De acordo com o médico, a proposta foi influenciada principalmente pelo aumento da obesidade infantil. “São os hábitos alimentares que precisam ser mudados. A maioria das crianças se alimenta de maneira errada e não pratica os exercícios, o resultado todos conhecem. Televisão, vídeo game e os alimentos calóricos contribuem para o desenvolvimento nada saudável das crianças”, salientou.
O médico lembra que na época chegou a conversar com nutricionistas e até mesmo dentistas para mostrar como algumas medidas poderiam melhorar a qualidade de vida das crianças, no entanto, o projeto foi vetado. “Eles alegaram que as cantinas recebiam orientações e que era controlada a venda de alimentos”.
Embora a discussão não tenha saído do papel, a realidade é que as ‘guloseimas’, refrigerantes e frituras são mais acessíveis que os alimentos saudáveis. “Tudo poderia ser substituído, mas a questão vem de casa e da sala de aula. É preciso que todos conheçam a pirâmide alimentar; primem por alimentos integrais, cereais, queijos e principalmente deixem de lado os alimentos prontos e embutidos. Nem sempre o mais prático é melhor”.
Mais informações em nossa edição impressa