Ele nasceu em Andradina e morou em sítios em cidades do interior de São Paulo. Passou a infância em Dracena e trabalhou na roça. Mais tarde, trabalhou com o pai na construção civil, como auxiliar de pedreiro. Teria tudo para ter o peso do trabalho rude nas mãos. Mas ele não teve as habilidades mais sensíveis das mãos (e nem as do espírito e do pensamento) prejudicadas. Ao contrário. As cores das paisagens bucólicas e o concreto das cidades, foram, de certa forma, adicionais na obra de Adélio Sarro.
O artista plástico, que desde criança esboçava desenhos com gosto, hoje tem telas, esculturas, monumentos e vitrais espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Em uma linha expressionista, figurativa, seus temas estão ligados ao cotidiano das pessoas: trabalho, lazer, arte, entre outros. Seja pela organização das cores, seja pela forma de suas figuras, Sarro construiu uma obra de características bastante ímpares, apesar de afirmar, em relação à arte: "tudo já foi feito há séculos; não criamos nada, só colocamos a nossa participação".
Em entrevista concedida à reportagem por telefone na manhã de ontem, o artista, que estava em Pereira Barreto trabalhando em mais um de seus monumentos na cidade, afirmou que está com vários projetos de obras agendados em São Paulo, e teve convites também para outros estados. Em Pereira Barreto, ele está construindo um monumento ao turismo, encomendado pela prefeitura do município, e irá complementar o portal de entrada.