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Três Lagoas

Artista plástico apresenta exposição itinerante

Artista apresentou 17 telas que resgatam cenas antigas, com pessoas dançando em ambientes múltiplos

Exposição itinerante faz parte do projeto "L"arte è Mobile" -
Exposição itinerante faz parte do projeto "L"arte è Mobile" -

Três Lagoas recebeu na manhã de ontem a exposição itinerante “Festa Baile” do artista plástico e chargista Antônio Carlos Nicolielo, 65 anos, que esteve na Praça Senador Ramez Tebet, com 17 telas que ele denomina no estilo figurativo moderno.

A exposição faz referência ao resgate de cenas antigas, com ambientes múltiplos, como circo, igreja, festas, entre outros, sempre muito coloridos e repletos de informação.
 
“Peguei cenários de algumas telas antigas e botei o povo para dançar: na colheita, na rua, com leques, na feira. Em certa altura da vida, quando quase tudo e nada fizemos em matéria de arte, devemos dançar, com corpo e pincéis. A dança lubrifica as veias da criatividade e o que se vê são cores e paisagens em movimento”, afirmou Nicolielo.
 
Em 2011 o artista passou a viajar em um pequeno trailer engatado ao seu automóvel, com o projeto cultural “L´arteè Mobile”, uma exposição itinerante que já percorreu os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e agora passando pelo Mato Grosso do Sul e, sua companhia é a cadelinha Milk, sem raça definida, que Nicolielo encontrou nas ruas há dois anos.
 
No trailer, além dos quadros, o artista e chargista carrega sua vida, pois é nele que ele passa maior parte do tempo, tendo inclusive uma compacta com micro-ondas, frigobar, armarinho e poucos utensílios domésticos.
 
“Meu propósito é provocar o brilho nos olhos de quem visita minhas exposições. Nas praças em que passo costumo pintar, espalho tintas e cavaletes, como um cigano ou um mambembe, como preferirem me denominar. O que me fascina é ver o olhar das pessoas, em especial aquelas mais humildes, observarem por longo tempo a minha arte”, comentou.
 
O calheiro Sandro Rodrigues Pereira, 50 anos, passava pela praça e resolveu parar alguns minutos para apreciar os trabalhos de Nocolielo.
“Gosto de artes, sempre que passo por praças e locais onde estão expostos quadrose esculturas, paro para apreciar. Meu cunhado e irmão são pintores”, comentou o Rodrigues.
Sobre a mostra de artes de Nicolielo, o calheiro disse que gostou pela multiplicidade de cores e caricaturas dos personagens. “Percebi que são cenas antigas, pois em algumas telas têm a maria fumaça, casarões antigos, circos, além das roupas, enfim, gostei, achei bem diferente, me fez viajar no tempo”, analisou.

UM POUCO SOBRE
Antônio Carlos Nicolielo nasceu em Nova Europa (SP), em 11 de fevereiro de 1948. Iniciou sua atividade profissional em Bauru (SP), em meados de 1968, trabalhando como repórter, redator e chargista político dos jornais Folha do Povo, Jornal da Cidade e Diário de Bauru. Também atuou na grande imprensa como nas revistas Veja, Visão, Status, Viaje Bem, além dos jornais Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo; foi colaborador de O Pasquim, entre outros veículos.
Como artista plástico, desde 1971, Nicolielo já apresentou mostras e exposições no Canadá, Bulgária, Berlin/Alemanha, Argentina, dentre outros. Atualmente, ele é colaborador do Jornal do Povo.