Até o meio do ano que vem, o aeroporto Três Lagoas deve operar com aviação comercial, com destino a São Paulo e outros centros. Pelo menos essa é a previsão da prefeita Márcia Moura (PMDB), que assinou ontem a ordem de serviço para a construção do receptivo de embarque e desembarque do aeroporto Plínio Alarcon.
Um saguão funcional, com dependências para o atendimento a passageiros e outros serviços é uma das exigências das empresas aéreas para operar no município. A obra, orçada em R$ 3,7 milhões, será executada pela empresa Serra Engenharia Ambiental de Campo Grande e terá início imediato, segundo informou o representante da empreiteira, Rudi Fiorese.
Segundo a chefe do Executivo, algumas empresas aéreas já sinalizaram a intenção de explorar linhas comercias no município, como é o caso da Passaredo, que já protocolou o pedido junto a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). “Estamos conversando com a Trip e vamos atrás de outras também, mas primeiro temos que ter a homologação da pista. Com 70% das obras prontas, acreditamos que a ANAC autorize os voos comerciais”, comentou a prefeita.
De acordo com o contrato, o prazo para a conclusão do receptivo é de 210 dias. Entretanto, a prefeita solicitou ao engenheiro responsável pelos serviços que o empreendimento fosse entregue o mais rápido possível, de preferência dentro de 180 dias. “Esse era um sonho que já existia há tempos, e que agora está se tornando realidade”, destacou Márcia Moura.
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O receptivo será construído através de parcerias entre o governo do Estado, que disponibilizou R$ 1milhão; a Prefeitura, que viabilizou R$ 790 mil; e a Petrobras, que entrou com uma contrapartida de R$ 1,9 milhão, recurso de compensação devido à instalação da fábrica de fertilizantes no município. “Essa obra será possível graças a essa parceria, que conta com o apoio do governador André Puccinelli, da vice-governadora Simone Tebet e do deputado estadual Eduardo Rocha”, destacou Márcia.
A prefeita informou ainda que, em breve, devem ser retomadas as obras consideradas de segurança, que são de responsabilidade do governo do Estado, como o cercamento para evitar a entrada de animais na pista, balizamento noturno, seção contra incêndio e estacionamento de aeronave interno e externo. Essas obras foram paralisadas há alguns anos em virtude de algumas exigências impostas pelo órgão da aeronáutica, que determinou a remoção ou a diminuição de duas antenas, próximas ao aeroporto. Uma já foi diminuída e a outra, segundo Márcia, começaria a ser removida para outro local, ontem. Somente após a conclusão de todas essas obras, é que o aeroporto pode ser homologado.
“Temos uma logística privilegiada, energia e água em abundância, assim como um contorno ferroviário que em breve será entregue, além de um estudo para a instalação de um porto fluvial seco. Ou seja, só faltava a execução dessa obra”, destacou a prefeita. A ordem de serviço contou com a presença do representante da Petrobras, Peter Montandon, de vereadores, secretários, entre outros.
OBRA
A área total de edificação do saguão será de 1.237,92m². A obra será composta por saguão, sete box, sala para embarque e desembarque com sanitários, lanchonete, salas de administração e controle, depósito e recepção. A empresa vai contratar cerca de 40 pessoas para trabalhar na obra.
